Paulo Guedes traiu pela língua a sua adesão ao projeto ditatorial dos Bolsonaro.

Ontem, em Washington, disse que quando se ” chama todo mundo para quebrar a rua ” se alguém pedir o AI-5″.

—Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática.
Quem está chamando por qualquer quebradeira nas ruas? A única quebradeira que se tem notícia é na área da economia, com empresas encolhendo ou fechando por conta da estagnação dos negócios.


O ato falho de Guedes – do qual ele quis voltar atrás, dizendo que sua entrevista coletiva era em off – antecipando que vão ocorrer protestos de rua, é um sinal de que ainda há um arsenal de maldades sociais a ser empregado por ele e pelo governo Bolsonaro.

E o próprio Jair Bolsonaro indicou isso, ontem, ao dizer que as operações de Garantia da Lei e da Ordem, para as quais pretende dar “liberdade para matar” vai impedir protestos nos quais, segundo ele, incendeiem-se ônibus, quebrem-se bancos e invadam-se ministérios.

Não incluiu, por óbvio, explodir bombas em quartel, sua especialidade curricular.

A intenção é tão clara que um dos leitores da Folha, ao comentar a matéria, explicou-a: “Todo mundo que já participou de manifestações sabe que quando se quer acabar com um protesto é só infiltrar uns “terroristas” , tipo blackblocs , que atacam policiais, incendeiam ônibus, bancos ou ministérios e por um passe de mágica, uma demonstração pacífica vira, pela mão dos infiltrados, um ato terrorista! É óbvio que esse governo de fake news vai rapidamente criar os fake terroristas.

As palavras “sinceras” do Ministro da Economia e do presidente, como disse, soam como uma confissão de que a situação econômico-social do país vai agravar-se e muito, a ponto de exigir uma escalada autoritária.


TIJOLAÇO

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