POR FERNANDO BRITO
Não , também não creio que a queda misteriosa do avião de passageiros em Teerã, quase que simultaneamente ao ataque iraniano contra bases norte-americanas no Iraque, seja mera coincidência.
Mas não tem lógica atribuí-lo a um disparo de míssil do próprio Irã contra ele.
Primeiro, não é crível que a defesa antiaérea iraniana estivesse focada no aeroporto de Teerã, de onde o avião decolou e que não soubesse que pousos decolagens estivessem liberados.
Aliás, se o avião atingido estivesse chegando a Teerã e não partindo de Teerã seria muito mais fácil de ser confundido com um míssil inimigo, apesar das diferenças de tamanho de assinatura de radar que emitiria.
Apontar um míssil demanda não apenas detectar a presença de um objeto no céu, mas sua trajetória, inclusive se está subindo ou descendo, porque a mira é feita num “ponto futuro” .
Portanto, é inconfundível um alvo que está subindo, como o avião, de um que estaria caindo, como um míssil norte-americano.
Ainda que se admita que um idiota estivesse operando o sistema de mísseis, um idiota não atingiria um alvo a 500 km por hora, com variação de altitude.
O gráfico do site Flight Radar, insuspeito, mostra que a aeronave ganhava 8oo metros por minuto em média, nos três minutos em que voou, como mostra o gráfico publicado pela BBC
A segunda razão para duvidar desta história é o fato de que os iranianos não tentaram colocar de imediato, a culpa da queda do avião num disparo dos EUA, em retaliação ao ataque. Colocaria os norte-americanos em posição de negar e ter de provar que não o fizeram, pois seria absolutamente verossímil um lançamento de míssil contra algo que poderia ter sido interpretado um foguete disparado da capital iraniana.
O governo iraniano – que fez bem em não entregar à Boeing (pendurada em bilhões de dólares na agência de aviação do governo norte-americano pelos defeitos estruturais de seu fracassado 737 Max) – chamou os governos que tinham nacionais no avião: Canadá, Ucrânia , Suécia, que completavam 30% dos passageiros, além de 147 iranianos, alguns com dupla cidadania. Chamou também a Boeing para acompanhar as investigações, mas não para assumir o controle dos registros de voo.
Como, por quem e em que grau a guerra chegou a um voo civil é algo que talvez não venhamos nunca a saber.
Mas que está sendo usado escancaradamente como propaganda de guerra, isso é visível a qualquer um.
Tijolaço
Não , também não creio que a queda misteriosa do avião de passageiros em Teerã, quase que simultaneamente ao ataque iraniano contra bases norte-americanas no Iraque, seja mera coincidência.
Mas não tem lógica atribuí-lo a um disparo de míssil do próprio Irã contra ele.
Primeiro, não é crível que a defesa antiaérea iraniana estivesse focada no aeroporto de Teerã, de onde o avião decolou e que não soubesse que pousos decolagens estivessem liberados.
Aliás, se o avião atingido estivesse chegando a Teerã e não partindo de Teerã seria muito mais fácil de ser confundido com um míssil inimigo, apesar das diferenças de tamanho de assinatura de radar que emitiria.
Apontar um míssil demanda não apenas detectar a presença de um objeto no céu, mas sua trajetória, inclusive se está subindo ou descendo, porque a mira é feita num “ponto futuro” .

Ainda que se admita que um idiota estivesse operando o sistema de mísseis, um idiota não atingiria um alvo a 500 km por hora, com variação de altitude.
O gráfico do site Flight Radar, insuspeito, mostra que a aeronave ganhava 8oo metros por minuto em média, nos três minutos em que voou, como mostra o gráfico publicado pela BBC
A segunda razão para duvidar desta história é o fato de que os iranianos não tentaram colocar de imediato, a culpa da queda do avião num disparo dos EUA, em retaliação ao ataque. Colocaria os norte-americanos em posição de negar e ter de provar que não o fizeram, pois seria absolutamente verossímil um lançamento de míssil contra algo que poderia ter sido interpretado um foguete disparado da capital iraniana.
O governo iraniano – que fez bem em não entregar à Boeing (pendurada em bilhões de dólares na agência de aviação do governo norte-americano pelos defeitos estruturais de seu fracassado 737 Max) – chamou os governos que tinham nacionais no avião: Canadá, Ucrânia , Suécia, que completavam 30% dos passageiros, além de 147 iranianos, alguns com dupla cidadania. Chamou também a Boeing para acompanhar as investigações, mas não para assumir o controle dos registros de voo.
Como, por quem e em que grau a guerra chegou a um voo civil é algo que talvez não venhamos nunca a saber.
Mas que está sendo usado escancaradamente como propaganda de guerra, isso é visível a qualquer um.
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