O presidente continua pisando na casca de banana que os governadores respeitosamente jogaram em seu caminho. Nesta manhã, em seu twitter, pediu uma “ perícia independente” sobre a morte do miliciano
Por Helena Chagas
Presidente Jair Bolsonaro - Foto Orlando Brito
Governador Rui Costa, da Bahia – Foto Orlando Brito
Graças ao caso Adriano, o presidente da República deixou de lado seu comportamento habitual de apoiar a violência policial para formar ao lado de defensores dos direitos humanos — no caso, os direitos de Adriano, miliciano e amigo da família. Não que ele não tivesse direito e eles, como qualquer pessoa; o que se destaca aqui é a inflexão no discurso presidencial. Alguém já havia imaginado ver Bolsonaro esbravejando contra a execução de um “ bandido” ?
Mas isso é pouco. O presidente da República continua pisando na casca de banana que os governadores respeitosamente jogaram em seu caminho. Nesta manhã, no twitter, pediu uma “ perícia independente” sobre a possível execução, usando recurso e linguagem próprias da oposição e de quem questiona perícias oficiais, feitas por instituições públicas como a Polícia, o Ministério Público, etc. Alguém já viu um presidente defendendo perícia independente da que dos órgãos do Estado?
Ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar milícias no Rio – Foto Divulgação/Polícia Civil
Enquanto isso, no mundo lá fora, rola a greve dos petroleiros, a tentativa de fechar o texto da reforma da Previdência, os números débeis da economia, etc. Bem estranhas as preocupações desse presidente da República, e inevitável agora a curiosidade, depois que ele levantou a lebre: quem andou falando com Adriano?
Os Divergentes



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