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A dupla Bolsonaro-Guedes segue com suas maldades. Na quarta-feira (3), o Diário Oficial da União publicou o veto do "capetão" ao repasse de R$ 8,6 bilhões aos estados e municípios para o combate à pandemia do coronavírus. O projeto tinha sido aprovado pelo Congresso Nacional. De fato, Bolsonaro mata!
A justificativa da dupla macabra para o corte é que a verba prevista no projeto original só poderia ser usada para saldar a dívida pública. Ou seja: danem-se as vítimas da Covid-19. Toda grana para os rentistas! Para o economista Guilherme Mello, da Unicamp, o veto "não faz o menor sentido” e é criminoso!
Em entrevista à Rede Brasil Atual, Guilherme Mello lembra que a chamada “PEC do Orçamento de Guerra”, promulgada pelo Congresso no mês passado, “acabou” com a famigerada meta fiscal. Para ele, não deveria haver preocupação com o déficit primário em plena alta do número de mortos e infectados pelo coronavírus.
Viés fiscalista e genocida
O economista da Unicamp é incisivo ao criticar a decisão do governo. "Não faz o menor sentido durante uma pandemia, quando a prioridade deve ser o combate à doença e o reforço aos gastos em saúde, assistenciais, e uma série de outros gastos”. Para Guilherme Mello, o veto dos R$ 8,6 bilhões a estados e municípios tem “claramente um viés fiscalista” e o dedo do ministro da Economia, Paulo Guedes.“No momento de uma pandemia, em que a gente está assumindo a liderança de mortes, com estados à beira da calamidade, empresas quebrando, ao invés de se preocupar em combater a pandemia, estão preocupados em recomprar a dívida pública, mesmo que isso signifique quase nenhuma redução da dívida”.
Quebra do acordo firmado no Congresso
O veto presidencial também foi alvo de críticas no Congresso Nacional. O deputado Luís Miranda (DEM-DF), relator do texto na Câmara Federal, acusou Jair Bolsonaro de romper o negociado. “Houve acordo com o governo, a gente consultou o Ministério da Economia e o Banco Central. O líder do governo no Senado foi o relator da matéria quando chegou ao Senado”, afirmou ao site Congresso em Foco.Já na Folha, o relator mostrou-se ainda mais indignado. “Foi extremamente surpreendente. Ele traiu acordo que fizemos com líderes do governo nas duas Casas. Ele é irresponsável, é totalmente descabido tomar uma decisão dessa, além de ser um desrespeito ao Congresso... Ele não visita hospitais com doentes, mas vai de helicóptero para lanchonete, como se fosse barato. O descaso dele com o momento que estamos vivendo é grande”.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, também estranhou o veto. “A informação que eu tinha dos deputados é que havia ocorrido um acordo para a destinação desse recurso”. Agora, segundo ele, cabe ao Congresso convocar sessão para analisar o ato de Bolsonaro e decidir se o veto será mantido ou derrubado. Segundo a Folha, ‘líderes partidários já articulam uma derrota do governo”. A conferir!
Reação dos estados e municípios
Nos governos estaduais e prefeituras, a reação também foi de surpresa e bronca. Rafael Fonteles, presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), já anunciou que os estados vão articular com as bancadas a derrubada do veto.Já o secretário executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Gilberto Perre, afirmou que a entidade foi surpreendida. Ela, inclusive, havia se reunido no mês passado com o Ministério da Saúde para discutir o formato da divisão dos recursos. E agora foi traída. “Vamos trabalhar para derrubar o veto”, afirma.
Recordes diários de óbitos no Brasil
Um dia após o governo anunciar o veto, o Brasil ultrapassou a Itália no número de mortes pela Covid-19, de acordo com levantamento exclusivo junto às secretarias estaduais de saúde feito pelo G1. Nesta quinta-feira (4) já são 34.039 óbitos no país e 33.689 na Itália, segundo balanço global da universidade Johns Hopkins.Conforme enfatiza o G1, "somos agora o terceiro país com mais vítimas pela doença, atrás apenas de EUA e Reino Unido. Comparados com os dados das secretarias até a noite de quarta-feira, os números desta quinta apontam para um aumento de 1.471 mortes em 24 horas". Bolsonaro é um genocida!


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