Só o desespero explica a nota publicada por Jair 'Meu Deus do Céu' Bolsonaro em seu Facebook [imagem acima]. A nota é assinada também pelo vice Mourão e pelo general ministro da Defesa, embora seja pessoal do presidente, como mostra a conjugação do verbo lembrar no início da nota em primeira pessoa.
Porque quem ameaça o uso das Forças Armadas contra uma decisão de um Tribunal Superior só pode estar certo de que pelo rito legal está perdido, as irregularidades de sua campanha (fake news, disparos milionários de mensagens pelo WhatsApp, dinheiro de empresários etc) serão provadas e seu mandato e o do vice Mourão cassados.
É uma forma de pressionar os ministros, mas que parece estar provocando um sentimento contrário neles. Até Luis 'Mata no Peito' Fux delimitou a atuação das Forças Armadas ao estabelecido na Constituição, não lhes reconhecendo nenhum "Poder Moderador", como alguns apregoam.
Aliás, foi a declaração de Fux que detonou a nota, porque ela veio em seguida a uma decisão do corregedor do TSE, ministro Og Fernandes, de consultar o ministro Alexandre de Moraes sobre a oportunidade de compartilhar com o TSE dados da investigação dos ataques de fake news ao Supremo — fatal para Bolsonaro.
A coligação O Povo Feliz De Novo (PT/PCdoB/PROS) solicitou ao TSE o compartilhamento das informações no âmbito do Inquérito nº 4.781/DF, que corre no STF, em especial busca e apreensão e quebra dos sigilos bancário e fiscal de empresários, no período eleitoral de 2018.A batata de Bolsonaro está assando e ele tenta ganhar no grito. Cabe a nós, sociedade, dar nosso apoio aos ministros dos tribunais superiores e reagir às ações antidemocráticas do governo com ações no Judiciário, em defesa da Constituição e apoio aos Tribunais.
A solicitação da coligação foi feita nas Aijes que apontam irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral passada.
Temos que exercer uma pressão democrática em favor do Judiciário.
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