© REUTERS / Simon Dawson
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A Universidade de Princeton, nos EUA, decidiu retirar o nome do ex-presidente Woodrow Wilson do prédio da escola de políticas públicas e relações internacionais da instituição.


Wilson é acusado de racismo por defender ideias segregacionistas. Em 2016, a retirada do nome do ex-presidente foi discutida, mas a direção da universidade de Nova Jérsei decidiu mantê-lo.

Em carta divulgada neste sábado (27), o presidente da instituição, Christopher Eisgruer, disse que, a luz dos protestos antirracistas que ganharam força nos EUA após a morte de George Floyd, a decisão tinha sido revista.

"As políticas segregacionistas de Wilson o tornam um nome especialmente inapropriado para uma escola de políticas públicas", afirmou ele. "Esse ardente momento da história americana tornou claro que o racismo de Wilson o desqualifica para esse papel", acrescentou Eisgruer.

Floyd, um homem negro, foi assassinado em 25 de maio por um policial branco em Minneapolis. O agente manteve o pescoço de Floyd pressionado com seu joelho por vários minutos, mesmo após ele falar que não conseguia respirar. A morte gerou uma onda de protestos antirracistas nos EUA e no mundo. Além disso, manifestantes derrubaram estátuas consideradas racistas e monumentos foram retirados por instituições.

'Nação que continua a enfrentar o racismo'

A partir de agora, o novo nome da faculdade será apenas Escola de Princeton de Políticas Públicas e Relações Internacionais.

"Em um nação que continua a enfrentar o racismo, essa universidade e essa escola de políticas públicas e relações internacionais devem defender clara e firmemente a igualdade e a justiça", continuou o presidente de Princeton. 

A carta ainda elogia o papel de Wilson na construção da universidade, da qual foi reitor, mas argumenta que a retirada de seu nome era importante para combater o racismo persistente contra a população negra dos Estados Unidos.

Woodrow Wilson foi governador de Nova Jérsei, de 1911 a 1913, e depois presidente dos EUA, de 1913 até 1921. Por seu papel no acordo de paz após o fim da Segunda Guerra, ele ganhou o Nobel da Paz.

Wilson implementou políticas segregacionistas

Wilson apoiou políticas de segregação e durante seu mandato presidencial implementou a separação racial em várias agências federais que ainda não tinham políticas do tipo. Além disso, quando era reitor de Princeton, proibiu o ingresso de pessoas negras na instituição.

Antes da decisão de Princeton, a Universidade Monmouth, também em Nova Jérsei, removeu o nome de Wilson de um dos seus mais importantes edifícios.

Sputnik Brasil

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