![]() |
Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil © AP Photo / Leo Correa |
A Justiça arquivou nesta terça-feira (16) o caso sobre a facada sofrida pelo atual presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, com o entendimento de que está provado que o agressor, preso, agiu sozinho, sem seguir ordens de terceiros.
Em sua decisão, o juiz Bruno Savino, da Justiça Federal de Juiz de Fora, afirmou que "todos os processos foram esgotados", embora tenha acrescentado que o caso poderia ser retomado "na hipótese de surgimento de novos elementos de informação".
Com esta decisão, o juiz segue as recomendações do Ministério Público, que no início deste mês já solicitava que o caso fosse arquivado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) concluiu que Adélio Bispo de Oliveira "concebeu, planejou e realizou o ataque" sozinho. Pouco antes, a Polícia Federal já havia reiterado pela segunda vez que não havia provas de que ele estava agindo por ordem de outra pessoa.
Esta é a segunda investigação que conclui que o agressor agiu por conta própria. A primeira começou e terminou em setembro de 2018 e chegou à mesma conclusão, embora ela tenha enfatizado que o agressor tentou matar Bolsonaro por razões políticas.
O agressor, com sérios problemas mentais, foi acusado de um crime de ataque pessoal "por inconformidade política", um crime previsto na Lei de Segurança Nacional, e agora está preso indefinidamente em um centro psiquiátrico.
![]() |
Adelio Bispo de Oliveira, agressor de Bolsonaro. © AP PHOTO / DIVULGAÇÃO/ POLÍCIA MILITAR |
Os investigadores ainda não conseguiram acessar essas informações porque a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) interpôs um recurso para proteger sua privacidade, e o Supremo ainda não tomou uma decisão.
A defesa não foi contratada pelo próprio acusado ou por sua família, e os investigadores não conseguiram identificar quem financiou o advogado.
Fontes policiais informaram, no entanto, que os indícios apontam que o advogado provavelmente defendeu seu cliente sem pagamentos de ninguém, considerando a visibilidade que o impacto da mídia no caso lhe daria.
Desde o início, Bolsonaro e o seu círculo interno sempre disseram acreditar que haveria algum mandante para o ataque, inclusive divulgando notícias falsas para culpar grupos e partidos de esquerda.
No entanto, quando em maio do ano passado a Justiça declarou que Bispo de Oliveira não poderia ser acusado por sofrer de um distúrbio mental que o impedia de tomar conhecimento de suas ações, a defesa de Bolsonaro cumpriu a decisão e não interpôs recurso.
Sputnik Brasil
Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;