Nísia Lima fala com exclusividade ao GGN sobre a trajetória centenária da Fiocruz, a vacina de Oxford e a falta de política nacional de testagem contra covid-19

Por Jornal GGN 



Jornal GGN – Nisia Trindade Lima é a primeira mulher na presidência da Fundação Oswaldo Cruz, uma das instituições brasileiras mais relevantes na produção de medicamentos, vacinas e testes diagnósticos. No final de junho, a Fiocruz foi anunciada como parceria da Astrazeneca na avaliação final e produção da vacina contra coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, na TV GGN, Nisia abordou a trajetória secular da Fiocruz, o desenvolvimento da vacina de Oxford e sua distribuição e a falta de uma política nacional de testagem na pandemia.

Segundo Nisia, desde que o curso da pandemia começou a ficar mais evidente no Brasil, técnicos do Ministério da Saúde passaram a debater os dados que projetavam a tendência de interiorização do vírus, algo que se confirmou mais ao final de junho em diversos estados.

Com Luiz Henrique Mandetta e depois Nelson Teich no comando da Pasta, os especialistas da Fiocruz sugeriram o uso das equipes de Saúde da Família na testagem e rastreamento de casos de covid-19 nas cidades do interior. Mas, na prática, essa estrutura já existente no SUS não foi articulada em nível nacional.

“Acho que isso é um processo complexo, mas além dos instrumentos de alta tecnologia, que é o caso dos testes moleculares, as tecnologias sociais em saúde que o Brasil desenvolveu tão bem, elas devem ser utilizadas nesse processo. Isso tem acontecido de maneira desigual no Brasil, mas onde acontece, tem se mostrado bastante eficiente como medida”, avaliou.

A testagem no Brasil “ainda não se tornou política nacional”, mas “tem avançado” na visão da presidente da Fiocruz. “Esperamos que com o aumento de produção de testes e toda a logística que está sendo organizada, que se possa dar um salto na produção da testagem.”

Sobre a distribuição da vacina de Oxford, Nisia comentou que “ela vai ser definida pelo Programa Nacional de Imunizações [do Ministério da Saúde], certamente para grupos mais expostos e vulneráveis como prioridade. Mas como temos capacidade de produzir, a tendência é atender a toda a população.”

Assista a entrevista completa abaixo:




GGN


Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads