Em 9 dos casos, Bolsonaro desconsiderou o vencedor da lista tríplice, eleito pela comunidade acadêmica, e em um deles, o presidente desconsiderou a própria lista ao alçar um aliado ideológico como reitor
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| Weintraub se despede de Bolsonaro na demissão do MEC (Reprodução) |
A nomeação de Carlos André Bulhões, amigo do deputado Bibo Nunes (PSL-RS), para reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é apenas um dos 10 casos em que Jair Bolsonaro desconsiderou o primeiro colocado na lista tríplice e aparelhou as instituições de ensino com aliados ideológicos.
Segundo levantamento do site Metrópoles, das 38 listas tríplices recebidas de universidades federais desde que assumiu a presidência, Bolsonaro não respeitou o vencedor em nove dos casos e em um deles o nomeado não estava nem mesmo estre os indicados pela comunidade acadêmica. Em 16 delas, o presidente nomeou o primeiro colocado da lista.
Outras 12 instituições, entre elas a Universidade de Brasília (UnB), que reelegeu Márcia Abrahão, com 54% dos votos, no fim de agosto, aguardam a decisão de Bolsonaro.
Integrantes da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais eitiram nota nesta quarta-feira (16) repudiando a nomeação de Bulhões.
“A Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais repudia veementemente mais uma tentativa de Jair Bolsonaro de intervir na nomeação de Reitores e tentar impor, de forma antidemocrática e utilizando critérios partidários, dirigentes não aprovados no crivo da comunidade universitária”, diz o texto.
Nesta quinta, os parlamentares levarão à discussão ao ato virtual em defesa de um orçamento justo para a educação, pedindo a aprovação urgente do PL 4992/19, do deputado federal Gastão Vieira, que regulamenta a autonomia universitária e fortalece a democracia dentro das Universidades Federais.
Plinio Teodoro: Plínio Teodoro Jornalista, editor de Política da Fórum, especialista em comunicação e relações humanas.


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