Por Luis Nassif


O Ministro Kássio é a prova inconteste dos males que as decisões monocráticas dos Ministros do Supremo trouxeram para a casa. Em nome de boas causas, Ministros ganharam o poder de mandar prender. Em nome da esperteza, Ministros pediram vistas eternas de julgamentos em que seriam derrotados. A Lava Jato consolidou o jogo da loteria das instâncias

Agora, chega-se o ponto mais alto da desmoralização do Supremo, não por coincidência através de um advogado indicado por Bolsonaro. E, a julgar por seu nível novos recordes de desmoralização deverão ser batidos.


Primeiro, Kassio vai contra o entendimento do Supremo, que cabe a prefeitos e governadores decidirem sobre e manda liberar cultos, no momentos mais grave da pandemia. Não se pense em apoio espiritual após fiéis. O país aprendeu a se comunicar virtualmente. O grande problema é que os templos ainda não naturalizaram o dízimo online. A decisão do Ministro Kássio teve inspirações pouco evangélicas, de dar ao pastor o que é do pastor. Pior, baseou-se em ação que tramitava desde 2020, de uma tal Associação dos Juristas Evangélicos.

É claramente uma decisão que afronta todas as recomendações médicas e aumenta os índices de mortalidade do Covid-19.

Houve uma reação do prefeito de Belo Horizonte, protegendo seus cidadãos. Ai, Kassio aciona o Pazuello da Advocacia Geral da União (AGU), André Mendonça, e o gendarme do Ministério da Justiça, delegado Anderson Torres, e ameaçam Kalil com a Polícia Federal.

Confirma-se, assim, o cenário de que Bolsonaro passaria a exercitar o estado de exceção por dentro. Os três são candidatos certos à Justiça de Transição que se seguirá a esse pesadelo. Que a decisão de Kássio lhe custe uma condenação com execração pública.

Mas, enquanto isto, as três bestas do apocalipse ajudarão no trabalho genocida de seu patrono, enquanto as instituições dormem e os idiotas da objetividade garantem que elas estão funcionando.

Alem de tudo, Kassio é uma zebra provinciana. Resolveu intimidar o mais voluntarioso dos políticos brasileiros, o prefeito de BH. Kalil bancará a aposta, e Kassio não poderá voltar atrás.


GGN

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