Manifestação de 29 de maio na Av. Paulista contra Bolsonaro e por vacina (Foto: Mídia Ninja) |
"Faremos mais uma vez mobilização nas ruas - com máscara, levando álcool em gel e vamos manter o distanciamento -, porque sabemos que Bolsonaro é mais letal que o vírus e não tem condições de assegurar ao povo nem paz nem pão", escreve Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares
Por Raimundo Bonfim
A pandemia segue matando e Bolsonaro segue zombando das vítimas, passeando de moto com seguidores negacionistas e desestimulando o uso de máscaras de proteção. Enquanto isso, o Brasil se aproxima de meio milhão de vidas perdidas, 14,8 milhões de desempregados, 19 milhões passando fome. Como não se revoltar e não se indignar com 500 mil mortes, quando sabemos que uma grande parte poderia ter sido evitada, se o governo não tivesse sabotado a compra de vacinas, conforme já está provado pela CPI da Covid-19? É contra os crimes, o genocídio e o negacionismo que voltaremos às ruas neste sábado (19). Mais uma vez os movimentos populares urbanos estarão nas ruas, ao lado da juventude, das mulheres, dos negros e negras e de todos e todas que defendem a democracia, a liberdade, os direitos e de todos que querem o fim deste governo da morte e da destruição do nosso país.
Enquanto não conseguirmos imunizar ao menos 70% da população, o Brasil não conseguirá, de fato, combater o coronavírus e retomar o crescimento econômico. Precisamos retomar o crescimento econômico para não apenas gerar empregos, mas também aumentar a arrecadação de tributos e, assim, assegurar investimentos nas políticas sociais, como educação, saúde, moradia, ciência, pesquisa e tecnologia.
As ações de solidariedade dos movimentos têm sido fundamentais no enfrentamento à fome, mas são insuficientes para combater a pobreza, que só será eliminada com um amplo processo de distribuição de riqueza, por meio de uma reforma tributária progressiva, na qual quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos e quem não tem nada não paga impostos.
Em plena pandemia, o governo Bolsonaro praticamente zerou o orçamento para produção de moradia popular. Somado a isso, ocorreu um aumento das ações de remoções e despejos de famílias vulneráveis. Para enfrentar esta barbárie social, estamos defendendo que o Senado Federal aprove o Projeto de Lei 827/2020 que prevê a suspensão de despejos durante a pandemia.
Diante desse quadro, de grave crise econômica, social, política e sanitária, não nos resta outra alternativa que não seja a de combater, com mobilização de rua, o autoritarismo, o fascismo, o negacionismo e o genocídio contra o povo empobrecido e negro, os trabalhadores de um modo geral.
Neste sábado (19), nós da Central de Movimentos Populares e os demais movimentos populares urbanos, mais uma vez, assim como ocorreu no 29 de maio, mobilizaremos milhares de pessoas para saírem às ruas e ecoar o grito de Fora Bolsonaro, vacina já e auxílio emergencial de 600 até o fim da pandemia. Vamos de máscara, levando álcool em gel e vamos manter o distanciamento, mas não deixaremos de lutar pela derrocada do governo Bolsonaro, tendo em vista que precisamos oferecer ao povo outra alternativa que não seja apenas a de morrer de Covid ou de fome. Faremos mais uma vez mobilização nas ruas, porque sabemos que Bolsonaro é mais letal que o vírus e não tem condições de assegurar ao povo nem paz nem pão. #19ForaBolsinaro
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