Crédito: Reprodução/Twitter
Bolsonaro evita falar sobre pagamento de propina por vacina aos seus eleitores

É no mínimo preocupante a falta de noção do presidente em desviar as atenções de tantas polêmicas e crimes envolvendo a sua gestão



Uma das maiores provas de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vive em uma realidade paralela à do próprio país que governa é o seu Twitter. Mesmo após a denúncia escandalosa revelada pela Folha de S. Paulo de que o diretor de Logística do Ministério da Saúde do seu governo, Roberto Ferreira Dias, teria oferecido propina na compra de vacinas contra a covid-19, Bolsonaro usou sua rede social para tirar a atenção dos seus eleitores sobre o caso.

Em vez de comentar sobre o possível crime que visou superfaturar vacinas a 1 dólar cada para enriquecimento ilícito, Bolsonaro decidiu falar sobre o voto impresso, uma de suas principais bandeiras para as eleições do ano que vem.

O presidente também não repercutiu a informação de que seu governo pagou cerca de R$ 268 mil a jornalistas e artistas para que falassem bem dele na TV, nos jornais e nas redes sociais. Luciana Gimenez, Sikêra Jr., Nelson Rubens e Luís Ernesto Lacombe foram alguns dos que faturaram na mamata de Bolsonaro.

Não. Nenhum desses escândalos bolsonaristas foram comentados nas redes sociais pelo presidente. Em vez disso, Bolsonaro insiste na temática do voto impresso, que já se mostrou tão polêmico quanto qualquer outro modelo de votação nas eleições dos EUA e do Peru. Em ambas, os candidatos da direita (Donald Trump, nos EUA, e Keiko Fujimori, no Peru) saíram derrotados e questionaram o resultado dos votos impressos.


É no mínimo preocupante a falta de noção do presidente Bolsonaro em desviar as atenções de tantas polêmicas e crimes envolvendo a sua gestão para dar vazão a um assunto que não interessa a ninguém, a não ser a si próprio.


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