Registro aéreo do ato de Lula em Teresina (PI), em 3 de agosto. Foto: Ricardo Stuckert

Durante ato em Teresina, o ex-presidente afirmou que o Brasil vive um cenário pior que o de 2003, quando chegou ao Planalto pela 1ª vez

cartacapital.com.br
4-5 minutos

O ex-presidente Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto, afirmou nesta quarta-feira 3 que o Brasil vive um cenário pior que o de 2003, quando ele chegou ao poder pela primeira vez. Em ato em Teresina (PI), também criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que o povo não permita que o ex-capitão se aproprie da bandeira do País.

Na capital do Piauí, Lula esteve acompanhado, entre outros, do candidato petista ao governo, Rafael Fonteles, e do postulante do partido ao Senado, Wellington Dias.

“Não vamos permitir que um genocida que está lá em Brasília e não derramou uma lágrima por quase 700 mil pessoas que morreram [de Covid-19] se apodere da bandeira brasileira, porque a bandeira brasileira é do povo brasileiro”, discursou o ex-presidente. “O cidadão que está lá não está preparado para governar este País.”



Ao afirmar que a situação em 2022 é pior que a de 2003, quando sucedeu a Fernando Henrique Cardoso na Presidência, Lula mencionou o desemprego, a inflação, a taxa de juros e os preços de itens essenciais, como o arroz, o feijão e os combustíveis.

“Não se preocupem com os meus 76 anos de idade. As pessoas só envelhecem quando não têm uma causa, e eu tenho uma: é outra vez provar ao mundo e à elite brasileira que o povo vai comer três vezes ao dia, trabalhar, ter aumento de salário e poder levar uma vida digna.”

Lula também criticou a PEC Eleitoral, a criar benesses temporárias e servir como uma tentativa de dar sobrevida à campanha de Bolsonaro à reeleição.

Promulgado pelo Congresso Nacional em julho, o texto estabelece um estado de emergência e libera do Teto de Gastos 41,25 bilhões de reais até o fim deste ano para a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás, a criação de auxílios a caminhoneiros e taxistas, o financiamento da gratuidade de transporte coletivo para idosos, a compensação a estados que concederem créditos tributários para o etanol e o reforço do programa Alimenta Brasil.

“Não é uma tarefa fácil [vencer a eleição], porque é a briga de um conjunto de partidos e de um homem contra o Estado brasileiro. O Bolsonaro acaba de fazer uma mudança na Constituição distribuindo 41 bilhões até dezembro. É só até dezembro”, destacou o petista. “Ele acha que o povo é gado, e nós temos de dizer: coloque o dinheiro na nossa conta e vamos comprar o que comer, o que vestir, aquilo de que precisamos, mas se ele pensa que esse dinheiro vai comprar voto, no dia 2 de outubro a gente tem de dar uma banana para Bolsonaro.”

Uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta aponta que Lula tem 44% das intenções de voto e lidera a disputa presidencial. Com o resultado, o petista está numericamente à frente, mas tecnicamente empatado com a soma de todos os demais candidatos monitorados pelo levantamento (42%). O índice estaria no limite de confirmar as chances de Lula vencer no primeiro turno.

Em segundo, aparece Bolsonaro, com 32%. Ciro Gomes (PDT) mostra estabilidade em terceiro lugar e reúne 5% da preferência do eleitorado. Já Simone Tebet (MDB), a aposta da chamada terceira via, conseguiu os mesmos 2% de André Janones (Avante). O coach Pablo Marçal (PROS) é o outro candidato a pontuar na pesquisa, com 1% das intenções de voto.

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