"O único temor que ele [Bolsonaro] tem é ser preso. Eu conheço muitas histórias do capitão, né?", afirmou Paulo Marinho. Foto: Roque de Sá/Agência Senado |
PAULO MARINHO
CONGRESSO EM FOCO
O suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o empresário Paulo Marinho, declarou que vai votar no ex-presidente Lula (PT) neste segundo turno das eleições presidenciais. “Quem conhece Bolsonaro como eu conheço vota no Lula. Eu tenho que pagar uma penitência de 2018. Minha mulher costuma dizer que eu precisaria subir a escada da Penha 50 vezes pra pagar essa penitência”, confessou o outrora aliado do presidente Bolsonaro (PL), que tenta reeleição.
“Como eu não tenho essa disposição toda, eu achei que agora não é mais o momento de ficar de voto nulo, voto em branco. Você precisa de lado. Meu lado agora é apoiar o Lula”, completou Paulo Marinho, conforme registrado no blog da jornalista Julia Duailibi, do portal g1. O empresário participou, nesta segunda-feira (10), de um encontro de Lula com dezenas de apoiadores em um hotel da Zona Sul de São Paulo.
O encontro de Lula contou com representantes de movimentos sociais, como o Derrubando Muros, além de economistas e educadores, como Samuel Pessoa e Priscila Cruz, do Todos pela Educação. Dois ex-presidentes do PSDB também marcaram presença: José Aníbal e Pimenta da Veiga. “O único temor que ele [Bolsonaro] tem é ser preso. Eu conheço muitas histórias do capitão, né?”, afirmou Marinho, reforçando que vota em Lula desde o primeiro turno.
Nas eleições de 2018, Paulo Marinho foi um dos principais aliados de Bolsonaro. No ano de 2020, no entanto, o empresário rompeu com o presidente e seus filhos. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele disse que Flávio Bolsonaro lhe revelou que, em 2018, recebeu informações privilegiadas da Polícia Federal (PF) sobre Fabrício Queiroz – apontado como operador do escândalo das rachadinhas quando Flávio era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Mais tarde, Paulo Marinho se lançou como pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, mas retirou o projeto após o lançamento da candidatura de Eduardo Paes (na época, no DEM). Posteriormente, Paulo se mudou para São Paulo para ajudar na candidatura presidencial do ex-governador João Doria, do PSDB, o que não se concretizou.
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