Indústria nacional desacelera em dezembro, mas segue em ritmo de crescimento, mostram dados do IBGE

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Yuri Ferreira
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Indústria cresce sob gestão LulaCréditos: Ricardo Stuckert/PR
Indústria cresce sob gestão LulaCréditos: Ricardo Stuckert/PR

A produção industrial brasileira encerrou 2024 com um crescimento de 3,1%, superando as expectativas e marcando o terceiro melhor resultado dos últimos 15 anos, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Apesar de uma desaceleração nos últimos três meses do ano, com quedas consecutivas em outubro (-0,2%), novembro (-0,7%) e dezembro (-0,3%), o desempenho anual reflete uma recuperação significativa do setor, impulsionada por fatores como o aumento do emprego e expansão do crédito.

André Macedo, gerente da PIM, destacou que o crescimento de 2024 foi amplamente disseminado, com quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais registrando expansão.

“De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”, explicou.

Entre os destaques positivos do ano estão os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceram 12,5%, e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com alta de 14,7%. No entanto, Macedo alertou para a perda de dinamismo observada no último trimestre, atribuída ao aumento das taxas de juros, à depreciação cambial e à alta da inflação, especialmente de alimentos.

“Essa perda de dinamismo da indústria guarda uma relação com a redução nos níveis de confiança das famílias e dos empresários”, analisou.

Apesar dos desafios, o setor industrial encerrou 2024 com um patamar 1,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), embora ainda esteja 15,6% abaixo do pico histórico registrado em maio de 2011.

O resultado positivo do ano reforça a expectativa de uma recuperação gradual, embora a volatilidade econômica e os ajustes monetários continuem a representar riscos para a manutenção do ritmo de crescimento em 2025.

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