Ruralista e uma das principais lobistas do setor, senadora já teve nome testado em pesquisa financiada pelo agro.

Descontente com a indicação de Jair Bolsonaro (PL) que, da cadeia, ungiu o filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato anti Lula em 2026, ruralistas estão testando uma solução caseira para colocar no balcão de negócios eleitorais da chamada terceira via – consórcio que une centrão, mídia liberal e Faria Lima -, que ainda não engoliu totalmente o apoio ao filho “01” do ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar a tentativa de golpe em 2022 e 2023.
Ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro e uma das principais lobistas do setor, com raízes históricas no agro – ela é bisneta de Pedro Celestino Corrêa da Costa, ex-governador de Mato Grosso – a senadora Tereza Cristina teve seu nome testado pelo Paraná Pesquisas nesta sexta-feira (26).
A pesquisa, financiada por empresários do agro, mostra Lula à frente de todos os adversários no primeiro e segundo turnos. Tereza Cristina registra desempenho pífio, ficando apenas à frente do candidato do MBL, Renan Santos, em todos os cenários em que aparece.
No melhor cenário, com Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) como principal adversário de Lula, Tereza Cristina marca 2,5%. Na simulação, Lula soma 37,8% das intenções de votos, contra 26,2% do governador de São Paulo. Ficam à frente da senadora, Ciro Gomes (8,7%), Ronaldo Caiado (5%) e Romeu Zema (3,9%) – veja a íntegra.

Emendas
Descendente de um clã histórico de ruralistas do Centro-Oeste, onde mantém vastas propriedades de terra, Tereza Cristina foi uma das principais lobistas das transnacionais do agrotóxico na aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação dos denominados “defensivos agrícolas” pelos ruralistas.
Em 2018 foi eleita presidente da Frente Parlamentar do Agro (FPA), mais conhecida como bancada ruralista, que reúne mais de 200 parlamentares no lobby ao setor.
Tereza é destaque no site da frente, que diz que ela tem tido um “papel decisivo” na articulação das emendas impositivas ao setor, que direcionam recursos públicos para os grandes produtores agrícolas, especialmente o aumento do Seguro Rural, dinheiro do Estado que serve para impedir prejuízos aos ruralistas.
“O seguro rural é um instrumento essencial para proteger o produtor de perdas inesperadas, mantendo sua capacidade de seguir produzindo sem ampliar o endividamento. A aprovação da LDO garante essa proteção e oferece ao produtor a previsibilidade de que ele precisa para enfrentar um cenário cada vez mais desafiador no campo”, afirmou sobre a retomada do instrumento que direciona recursos públicos para o setor.
Publicado originalmente por: Revista Fórum
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