As conversas entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram como tema ...

As conversas entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram como tema central a aplicação da lei Magnitsky sobre o magistrado, sua esposa e os negócios da família, além do impacto da sanção sobre os bancos que prestavam serviços a eles. Foi no contexto dessas conversas que o caso do Banco Master foi mencionado, segundo fontes a par da situação, conforme revelado pela colunista Daniela Lima, do UOL.
Os diálogos, que ocorreram pessoalmente, se davam no contexto da imposição da sanção pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 30 de julho – medida revogada pelo estadunidense posteriormente.
Por conta da Magnitsky, Moraes teve, por exemplo, de trocar sua bandeira de cartão de crédito para uma com formação 100% nacional. Segundo aliados dos dois, havia dúvidas a serem sanadas, inclusive, das instituições financeiras que prestavam serviços ao ministro ou ao Supremo.
Fontes que acompanham o assunto minimizaram não só o teor do diálogo sobre o Master, mas também o tempo dedicado a ele, já que, na ocasião, o ministro e sua família viviam um cerco financeiro protagonizado pelos Estados Unidos.
Dizer que houve algum tipo de pressão ou gestão na direção do dono do banco, Daniel Vorcaro, por parte de Moraes com Galípolo, afirmam esses interlocutores, “seria leviano”.

O Banco Central informou que não pretende divulgar comunicados oficiais sobre o conteúdo dessas conversas mantidas ao longo dos últimos meses. Segundo relatos atribuídos a Galípolo, os contatos ocorreram de forma amistosa e não envolveram qualquer tipo de solicitação relacionada a decisões da autoridade monetária.
A explicação desmente versões de que Moraes teria pressionado o presidente do BC para intervir em favor dos interesses de Daniel Vorcaro e do Banco Master.
O presidente do Banco Central tem afirmado a interlocutores que não sofreu pressão de Moraes em relação à tentativa de venda do Banco Master para o BRB (Banco Regional de Brasília) nem sobre o processo de liquidação da instituição.
A operação de venda foi vetada pelo BC em setembro de 2025, e a liquidação do banco ocorreu posteriormente, em novembro do mesmo ano.
Publicado originalmente por: DCM
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