Manifestantes foram ao Conselho Nacional Eleitoral exigir a recontagem dos votos do dia 30 de novembro, visando legitimar os resultados

Milhares de pessoas protestaram na noite de sexta-feira (26/12) em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras, em Tegucigalpa, rejeitando a proclamação do político de extrema-direita Nasry Asfura como presidente eleito.

Os manifestantes exigiram que o órgão eleitoral realizasse uma recontagem completa dos votos, argumentando que essa era a única maneira de garantir a legitimidade dos resultados finais das eleições de 30 de novembro, e também exigiram transparência e respeito à vontade popular.

Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras tem até 30 de dezembro para divulgar os resultados completos das eleições, em meio a problemas técnicos e tentativas de sabotar o processo de contagem de votos.

Nesse contexto, moradores de Tegucigalpa e Comayagüela atenderam ao chamado do prefeito da capital e candidato à reeleição, Jorge Aldana, para realizar um protesto pacífico em frente às instalações do CNE, com a intenção de exigir que ele recontasse os votos, voto por voto, pois existem mais de 400 atas de apuração com inconsistências, e são justamente essas que dão a vitória a Aldana.

“Jorge Aldana venceu a eleição para prefeito em Tegucigalpa, mas, devido a uma fraude escandalosa e orquestrada, querem anular sua vitória aqui na prefeitura também”, denunciou o manifestante Rafael Alegría

‘Jorge Aldana venceu a eleição para prefeito em Tegucigalpa, mas, devido a uma fraude escandalosa e orquestrada, querem anular sua vitória aqui na prefeitura também’, denunciou o manifestante Rafael Alegría
Reprodução / redes sociais

Os manifestantes também rejeitam a interferência dos Estados Unidos (EUA) no processo eleitoral, uma vez que – segundo eles – o conservador Nasry Asfura foi imposto por Washington.



“Jorge Aldana venceu a eleição para prefeito de Tegucigalpa, mas, devido a uma fraude escandalosa e orquestrada, querem também anular a sua vitória aqui na prefeitura. Por isso, há uma mobilização permanente de apoiadores do Libre exigindo que os votos, 492 no total, sejam contados, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) resiste porque sabe que, se forem contados, Jorge Aldana vencerá a eleição para prefeito”, afirmou Rafael Alegría, membro do partido governista Liberdade e Refundação (Libre).

“Chega de nos roubarem, basta! Queremos liberdade, queremos paz em nossa Honduras, basta de roubarem nossa dignidade. Nós escolhemos quem vai chegar ao poder, não precisam ser pessoas de outros países . Nós, hondurenhos, escolhemos em quem votar e em quem não votar”, disse a manifestante Alba Rosa Mesa.

Publicado originalmente por: Opera Mundi


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