do CONSCIÊNCIA NET
Cesare Battisti: uma vergonha que a imprensa brasileira leva para seu anuário

Como a Revista Consciência.Net informou por dezenas de vezes, os crimes atribuídos a Battisti não estão provados por evidências tangíveis, não há testemunhas que não sejam falsas ou compradas, não houve advogados e, pior, os autores dos quatro assassinatos estão perfeitamente identificados.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva deve mesmo conceder refúgio ao italiano Cesare Battisti. Para interlocutores próximos a Lula, a quem cabe a decisão de acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal), a decisão é dada como certa e ocorrerá entre hoje (29).
A Advocacia Geral da União entregou na semana passada à Presidência da República o parecer com o embasamento jurídico para a recusa do pedido italiano de extradição.
Como a Revista Consciência.Net informou por dezenas de vezes, os crimes atribuídos a Battisti não estão provados por evidências tangíveis, não há testemunhas que não sejam falsas ou compradas, não houve advogados e, pior, os autores dos quatro assassinatos estão perfeitamente identificados (leia detalhes aqui e aqui).
Em um dos exemplos, o professor universitário e ativista da Anistia Internacional no Brasil, Carlos Lungarzo, demonstrou que em 2005 a historiadora, arqueóloga e romancista francesa Fred Vargas, auxiliada por uma perita do Tribunal de Apelações de Paris (Evelyne Marganne) e por dois advogados franceses (Turcon & Camus), descobriu um fato fundamental sobre o caso: as procurações utilizadas pelos advogados italianos de Battisti, no processo de 1982 até 1990, no qual foi condenado a prisão perpétua, foram falsificadas (leia aqui e aqui em detalhes).
A maior parte da imprensa brasileira, por sua vez, tem afirmado que a decisão de Lula é “política” – sugerindo que haveria uma decisão “técnica”, que seria a extradição. Com isso, estes jornalistas apoiam direta ou indiretamente o Estado ditador italiano à época, que perseguiu e assassinou ativistas. Pior: omitem informações que mudariam decisivamente a opinião pública, repetindo por mil vezes a mesma mentira sobre os assassinatos.
Já que é para falar dos “terroristas de esquerda”, que tal falarmos dos atos terroristas do Estado italiano à época? Há muitos casos, processos etc. Falaremos sobre isso? Lá, como aqui, todos os generais e agentes da Polizia di Stato ficaram impunes. Todos.
Uma vergonha que a imprensa brasileira leva para seu anuário.
(Atualizado às 15h47)

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