do BLOG PROJETO NACIONAL

A decisão do Copom de baixar em mais 0,5 ponto a taxa de juros do Banco Central reflete o quadro que hoje se traçou, mais cedo, aqui, de persistência das razões que levaram à decisão anterior sem, porém, episódios agudos que sustentassem, também, decisões mais agudas.
É provável que só na próxima reunião do Copom, nos últimos dias de novembro, dependendo do comportamento da inflação e de uma improvável maior clareza sobre os rumos da Europa, é que se opte por um corte maior, de 1%, para situar os juros públicos na previsão que o próprio mercado financeiro já tem: 10,5%.
A gente republica aqui o gráfico do UOL, para mostrar que, ao contrário do que muitos dizem, se existe algo destoante na política brasileira de juros não é cortá-los, mas tê-los neste nível estratosférico.
A dívida pública brasileira não é grande, pelos padrões internacionais. A maior parte dos países desenvolvidos deve, em relação ao PIB, o dobro do que devemos.
O problema é que nossa política de juros altos faz com que, devendo menos, paguemos mais. Despendíamos, com juros, 8,54% do nosso PIB em 2003, percentagem que caiu para 5,1% no ano passado e não deve ser senão muito pouco melhor este ano. Ou, diríamos, menos pior, porque só a “enforcada” Grécia para uma percentagem – e não muito – maior que nós: 5,5%.
Uma queda média de 2% na taxa de juros praticada pelo país, entretanto, é capaz de baixar este número para cerca de 4% em dois anos, mantida a austeridade da política fiscal e com uma expansão de 4% no PIB.
Por: Fernando Brito
A decisão do Copom de baixar em mais 0,5 ponto a taxa de juros do Banco Central reflete o quadro que hoje se traçou, mais cedo, aqui, de persistência das razões que levaram à decisão anterior sem, porém, episódios agudos que sustentassem, também, decisões mais agudas.
É provável que só na próxima reunião do Copom, nos últimos dias de novembro, dependendo do comportamento da inflação e de uma improvável maior clareza sobre os rumos da Europa, é que se opte por um corte maior, de 1%, para situar os juros públicos na previsão que o próprio mercado financeiro já tem: 10,5%.
A gente republica aqui o gráfico do UOL, para mostrar que, ao contrário do que muitos dizem, se existe algo destoante na política brasileira de juros não é cortá-los, mas tê-los neste nível estratosférico.
A dívida pública brasileira não é grande, pelos padrões internacionais. A maior parte dos países desenvolvidos deve, em relação ao PIB, o dobro do que devemos.
O problema é que nossa política de juros altos faz com que, devendo menos, paguemos mais. Despendíamos, com juros, 8,54% do nosso PIB em 2003, percentagem que caiu para 5,1% no ano passado e não deve ser senão muito pouco melhor este ano. Ou, diríamos, menos pior, porque só a “enforcada” Grécia para uma percentagem – e não muito – maior que nós: 5,5%.
Uma queda média de 2% na taxa de juros praticada pelo país, entretanto, é capaz de baixar este número para cerca de 4% em dois anos, mantida a austeridade da política fiscal e com uma expansão de 4% no PIB.
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