do BLOG DO MIRO
Por Altamiro Borges
Os barões da mídia estão enfurecidos com as ações do governo para garantir a autêntica liberdade de expressão. Mas não contra a presidenta Dilma, mas sim contra a presidenta Cristina Kirchner. Até a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou uma nota para condenar as medidas democratizantes do governo da Argentina. A “oposicionista” Judith Brito também milita no país vizinho?
O alvo da gritaria agora é o projeto que põe fim ao monopólio do papel-jornal. Ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e já seguiu para votação no Senado. Em editoriais e várias “reporcagens”, principalmente do jornalista Ariel Palácios, do Estadão e da TV Globo, o fim deste antigo monopólio representa mais uma investida de Cristina Kirchner contra a imprensa. Dá para entender?
Bem de "interesse público"
Pelo projeto, o papel-jornal é declarado bem de “interesse público”, devendo ser incentivada a sua “produção e comercialização”. Desta forma, essa matéria prima deixa de ser monopólio dos grupos Clarín e Nación, que detinham a única fábrica deste papel na Argentina. Esse privilégio foi adquirido durante a ditadura militar, numa troca de favores entre os generais carrascos e a mídia servil.
Como reconhece o próprio Ariel Palácios, “o projeto é um golpe direto aos dois maiores jornais do país, o Clarín e o La Nación, ambos de posições críticas em relação ao governo. Alguns setores da oposição – principalmente os partidos de centro e centro-direita – afirmam que o projeto de Cristina não passa de uma ‘estatização disfarçada’ da única fábrica de papel-jornal do país”.
O fim do monopólio no papel-jornal
A fábrica Papel Prensa é controlada pelo Grupo Clarín (49% das ações). La Nación (com 22% das ações) e o Estado argentino (com 27,5%) são seus sócios minoritários. Caso o projeto seja confirmado no Senado, Clarín e La Nación serão obrigados a vender as suas ações, já que as novas regras proíbem que os jornalões privados tenham participação na Papel Prensa.
O projeto ainda acaba com os subsídios ao papel-jornal (que também existem no Brasil) e fixa a cobrança de impostos. Daí toda a gritaria da mídia golpista da Argentina e dos seus comparsas no Brasil. A sorte dos barões nativos é que a presidenta Dilma ainda insiste no “namorico” com a mídia e arquivou o projeto de novo marco regulatório no setor.
*****
Futebol para todos
Em tempo: Logo após a sua folgada reeleição, a presidenta Cristina Kirchner também anunciou a ampliação dos investimentos no programa “Futebol para todos”. Fruto de um acordo firmado há dois anos com a Associação de Futebol da Argentina (AFA), ele garante financeiramente a transmissão de todos os jogos do campeonato local na televisão aberta.
Antes, o grupo Clarín detinha a exclusividade das transmissões (a exemplo da TV Globo no Brasil) e só exibia as partidas na TV por assinatura. Além de gastar fortunas para assistir ao seu time, o torcedor argentino, tão apaixonado como o brasileiro pelo futebol, ainda ficava ao sabor da programação e dos horários do grupo Clarín (como no Brasil).
Essa mamata acabou, para desespero dos barões da mídia! Quem inveja da Argentina, do Messi e da Cristina Kirchner.
Os barões da mídia estão enfurecidos com as ações do governo para garantir a autêntica liberdade de expressão. Mas não contra a presidenta Dilma, mas sim contra a presidenta Cristina Kirchner. Até a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou uma nota para condenar as medidas democratizantes do governo da Argentina. A “oposicionista” Judith Brito também milita no país vizinho?
O alvo da gritaria agora é o projeto que põe fim ao monopólio do papel-jornal. Ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e já seguiu para votação no Senado. Em editoriais e várias “reporcagens”, principalmente do jornalista Ariel Palácios, do Estadão e da TV Globo, o fim deste antigo monopólio representa mais uma investida de Cristina Kirchner contra a imprensa. Dá para entender?
Bem de "interesse público"
Pelo projeto, o papel-jornal é declarado bem de “interesse público”, devendo ser incentivada a sua “produção e comercialização”. Desta forma, essa matéria prima deixa de ser monopólio dos grupos Clarín e Nación, que detinham a única fábrica deste papel na Argentina. Esse privilégio foi adquirido durante a ditadura militar, numa troca de favores entre os generais carrascos e a mídia servil.
Como reconhece o próprio Ariel Palácios, “o projeto é um golpe direto aos dois maiores jornais do país, o Clarín e o La Nación, ambos de posições críticas em relação ao governo. Alguns setores da oposição – principalmente os partidos de centro e centro-direita – afirmam que o projeto de Cristina não passa de uma ‘estatização disfarçada’ da única fábrica de papel-jornal do país”.
O fim do monopólio no papel-jornal
A fábrica Papel Prensa é controlada pelo Grupo Clarín (49% das ações). La Nación (com 22% das ações) e o Estado argentino (com 27,5%) são seus sócios minoritários. Caso o projeto seja confirmado no Senado, Clarín e La Nación serão obrigados a vender as suas ações, já que as novas regras proíbem que os jornalões privados tenham participação na Papel Prensa.
O projeto ainda acaba com os subsídios ao papel-jornal (que também existem no Brasil) e fixa a cobrança de impostos. Daí toda a gritaria da mídia golpista da Argentina e dos seus comparsas no Brasil. A sorte dos barões nativos é que a presidenta Dilma ainda insiste no “namorico” com a mídia e arquivou o projeto de novo marco regulatório no setor.
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Futebol para todos
Em tempo: Logo após a sua folgada reeleição, a presidenta Cristina Kirchner também anunciou a ampliação dos investimentos no programa “Futebol para todos”. Fruto de um acordo firmado há dois anos com a Associação de Futebol da Argentina (AFA), ele garante financeiramente a transmissão de todos os jogos do campeonato local na televisão aberta.
Antes, o grupo Clarín detinha a exclusividade das transmissões (a exemplo da TV Globo no Brasil) e só exibia as partidas na TV por assinatura. Além de gastar fortunas para assistir ao seu time, o torcedor argentino, tão apaixonado como o brasileiro pelo futebol, ainda ficava ao sabor da programação e dos horários do grupo Clarín (como no Brasil).
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