Brasil 247
Foto: WILLIAM VOLCOV/AGÊNCIA ESTADO
EX-GOVERNADOR ARTICULARIA PARA CRIAR UM NOVO PARTIDO, SEGUNDO INFORMAÇÃO PUBLICADA HOJE NO BLOG DO JOSIAS, DO UOL
247 – As promessas de José Serra caso ele seja eleito prefeito de São Paulo já não são poucas. Notícia publicada na noite desta terça-feira indica que o ex-governador ainda não desistiu do sonho de ser presidente da República, mas que se for se candidatar de novo, o faria apenas após os quatro anos do mandato municipal na capital paulista. Na manhã de hoje, foi publicado no Blog do Josias, do portal UOL, que o tucano deixaria de ser tucano caso se tornasse prefeito em outubro. A revelação foi feita pelo atual prefeito, Gilberto Kassab, que também disse que Serra articularia para criar um novo partido. Leia na íntegra a coluna de Josias de Souza:
Em seus diálogos privados, Gilberto Kassab informa que, se for eleito para a prefeitura de São Paulo, o tucano José Serra vai romper com o PSDB e abandonar os quadros da legenda.
Na versão difundida por Kassab nos subterrâneos, Serra pretende articular a formação de um novo partido. A base dessa legenda seria o PSD. Ao partido presidido por Kassab seriam incorporadas outras agremiações.
Nesses diálogos travados a portas fechadas, Kassab repete algo que disse sob holofotes. Segundo ele, Serra não cogita disputar a Presidência da República em 2014. Planeja dedicar-se à prefeitura.
Em conversa com o blog, um dos ouvidos que escutaram Kassab juntou as duas pontas da argumentação e concluiu: não faz nexo. Indaga-se: por que Serra iria à nova legenda se não pretendesse ressuscitar o projeto presidencial que o PSDB lhe sonega?
A interlocutores petistas, Kassab adiciona outro dado. Afirma que, em São Paulo, sua aliança é com Serra, não com o PSDB. Diz não ter compromisso, por exemplo, com a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin.
Reitera que, no plano federal, nada muda. O seu PSD continuará atuando no Congresso como força auxiliar do governo Dilma Rousseff. Lamenta que tenha desandado a negociação que o levaria a apoiar Fernando Haddad na capital paulista.
Kassab atribui ao próprio PT o malogro da articulação. Recorda que, antes do Carnaval, aconselhara ao petismo que apressasse o fechamento do acordo. Rememora detalhes das conversas que manteve com Lula e Dilma Rousseff.
Dissera a ambos que, se Serra entrasse no jogo, não teria como se esquivar de apoiá-lo. Achava que, selado o acordo do PSD com o PT em torno da candidatura de Haddad, o amigo tucano não seria candidato hoje. A demora do petismo, diz ele, trouxe Serra à disputa.
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