Viomundo - O que você não vê na mídia
por Luiz Carlos Azenha
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) estava irritado. Mas, apesar disso, nos ajudou a dar uma aula de “jornalismo-brasileiro-dos-dias-de-hoje” a nossos leitores.
Quem é nosso leitor reincidente (um dia ainda vão fechar essa tal de internet) sabe, a essa altura, como funciona certa mídia brasileira: existe uma tese e os repórteres saem à cata de dados para prová-la.
Se não der certo na rua, o editor cuida de fazer a notícia se adequar a seus objetivos.
“Não há mais como ser diferente”, disse Walter Pinheiro a respeito da convocação da CPMI do Cachoeira. Na quinta-feira passada começou a coleta de assinaturas. Amanhã, ao meio-dia, o bloco que Pinheiro representa terá ideia de quantas assinaturas foram recolhidas. Atingido o número necessário tanto no Senado quanto na Câmara, serão cumpridos os ritos necessários à instalação.
Mas e a reportagem de O Globo, publicada com o título Dilma se queixa, PT recua e ajora já fala em ‘rediscutir’ a CPI?, em que ele é citado como disposto a rediscutir a CPMI?
“A posição minha é a mesma posição de antes, a posição de coletar assinaturas e fazer a CPMI. Não há mais como ser diferente, até porque nós precisamos receber as informações que estavam, que estão em poder do Judiciário… só podem chegar ao Parlamento via uma comissão de inquérito”.
Quando citei a matéria do jornal:
“O jornal O Globo deu uma matéria que fala no título que pode não sei o que… mas dentro tem uma frase minha muito clara que eu digo… recuar é golpe… por que eles não fizeram o título com isso?”.
Observei que tinha lido apenas a versão da internet (não li no papel) e o senador disse que aparentemente o editor fez um título que não expressa a entrevista dada por ele.
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