Carta Capital


O presidente paraguaio Fernando Lugo declarou que o processo de impeachment é
feito por aqueles que "sempre se opuseram ao processo democrático". Foto: AFP


Após reunião no Rio de Janeiro nesta quinta-feira 21, os chefes de estado da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) decidiram enviar uma missão diplomática a Assunção, capital do Paraguai, para evitar um golpe de Estado no país. Participaram da decisão os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), José Mujica (Uruguai), Sebastian Piñera (Chile), Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Colômbia) e Juan Manuel Santos (Colômbia), que estão reunidos na capital fluminense para a Rio+20.

Na manhã desta quinta, a Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou o início do processo de impeachment do presidente Fernando Lugo. O motivo alegado é o “fraco desempenho de suas funções” por conta de um conflito na sexta 15 entre policiais e trabalhadores sem-terra em Curuguaty, região próxima da fronteira com o Brasil e dominada por fazendeiros de origem brasileira, os chamados “brasiguaios”. No conflito, seis policiais e onze trabalhadores sem terra foram mortos.

O ministro das relações exteriores do Brasil, Antonio Patriota, declarou que usará a cláusula democrática da Unasul para garantir a manutenção da democracia no país vizinho – e, consequentemente, Fernando Lugo como presidente. Ele fará parte da missão, que chega hoje à noite a Assunção.

Presidente terá 24 horas para se defender

Ainda pela manhã, Fernando Lugo declarou que não pensa em renunciar e sugeriu a iminência de golpe de Estado. “Denuncio perante o povo que sua vontade está sendo objeto de um ataque sem piedade de setores que sempre se opuseram ao processo democrático”. À tarde, segundo o site paraguaio Último Hora, o Senado do país deu 24 horas para Fernando Lugo apresentar sua defesa. Na sequência, a Casa decide se ele permanece ou não em seu cargo.

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