Após a derrubada do avião malaio perto da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia há uma semana, o ambiente internacional lembra o da Guerra Fria. Tal é a opinião do professor Fabiano Mielniczuk, cronista convidado da Voz da Rússia.
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| foto: REUTERS/FRANCOIS LENOIR |
Foi derrubada mesmo, comenta o professor, e “todos sabem que foi derrubada”. Só que poucos conhecem os autores do atentado. Logo depois da aparição das primeiras informações sobre a queda do avião, e ao longo da semana, surgiam acusações mútuas e cruzadas. O governo ucraniano acusou pronto os milicianos, os milicianos acusaram a Ucrânia. A Rússia também acusou a Ucrânia, apresentando fatos como imagens de satélite.
No entanto, os EUA demonstram apoio incondicional à Ucrânia. O professor Fabiano faz lembrar que uma das primeiras entrevistas que o presidente ucraniano Piotr Poroshenko concedeu à mídia internacional após a tragédia foi à CNN, tendo afirmado naquele depoimento que os “rebeldes” do Leste ucraniano haviam contado com forte apoio russo.
A União Europeia apresenta “clássica divisão”: o Reino Unido apoia incondicionalmente os EUA, e outros países, como a França, a Alemanha, a Itália –especialmente aqueles cuja economia depende do gás russo – não se posicionam muito firmemente.
Geralmente, o quadro que se vê hoje é uma guerra ideológica, afirma o professor Fabiano. Desde novembro de 2013, quando a crise na Ucrânia começou, o mundo ocidental fomenta a visão da “postura expansionista” da Rússia. E isso, na opinião do cronista, lembra o discurso macartista dos anos 1970.
Não é só o governo, mas também a mídia ocidental que fomenta o “absurdo”. Até surgiam reportagens nos EUA em que se afirmava que a mídia russa “instruía” os russos que não houve nenhum voo MH17 e que o governo estadunidense tinha colocado neste avião os corpos e pertences das vítimas do outro avião da Malaysia Airlines desaparecido em 8 de março. É este o mau serviço que a CNN presta aos cidadãos dos EUA, afirma o cronista. Teorias de conspiração sempre surgem, mas não se deve manipular os fatos.
Há uma coisa clara que se deve fazer: buscar o bom senso e entender o que aconteceu de fato.
Voz da Rússia
No entanto, os EUA demonstram apoio incondicional à Ucrânia. O professor Fabiano faz lembrar que uma das primeiras entrevistas que o presidente ucraniano Piotr Poroshenko concedeu à mídia internacional após a tragédia foi à CNN, tendo afirmado naquele depoimento que os “rebeldes” do Leste ucraniano haviam contado com forte apoio russo.
A União Europeia apresenta “clássica divisão”: o Reino Unido apoia incondicionalmente os EUA, e outros países, como a França, a Alemanha, a Itália –especialmente aqueles cuja economia depende do gás russo – não se posicionam muito firmemente.
Geralmente, o quadro que se vê hoje é uma guerra ideológica, afirma o professor Fabiano. Desde novembro de 2013, quando a crise na Ucrânia começou, o mundo ocidental fomenta a visão da “postura expansionista” da Rússia. E isso, na opinião do cronista, lembra o discurso macartista dos anos 1970.
Não é só o governo, mas também a mídia ocidental que fomenta o “absurdo”. Até surgiam reportagens nos EUA em que se afirmava que a mídia russa “instruía” os russos que não houve nenhum voo MH17 e que o governo estadunidense tinha colocado neste avião os corpos e pertences das vítimas do outro avião da Malaysia Airlines desaparecido em 8 de março. É este o mau serviço que a CNN presta aos cidadãos dos EUA, afirma o cronista. Teorias de conspiração sempre surgem, mas não se deve manipular os fatos.
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