Depois de ver derrotadas duas propostas de lei no Parlamento, Arseni Yatseniuk apresenta a demissão, causada pelo abandono dos partidos UDAR e Svoboda da coligação governamental. “Não há dinheiro para comprar uma espingarda, para pôr combustível num blindado", lamentou-se o primeiro-ministro.

Yatseniuk perdeu o apoio parlamentar para continuar. Foto de Ybilyk

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, anunciou nesta quinta-feira aos deputados da Rada Suprema (Parlamento) a sua demissão, devido à rotura da coligação que sustentava o seu gabinete. Tanto o UDAR, do ex-boxeur Vitali Klitschko quanto o Svoboda, de extrema-direita nacionalista, abandonaram o governo, aparentemente para provocar a realização de eleições antecipadas.

O governo ucraniano não conseguiu o apoio de uma maioria dos deputados para uma reforma fiscal que teria provocado o aumento dos impostos, e também viu chumbado um projeto de lei que teria permitido vender a investidores estrangeiros metade dos gasodutos ucranianos.

"Não há dinheiro”

"Não há dinheiro para pagar à polícia, aos médicos, aos professores. Não há dinheiro para comprar uma espingarda, para pôr combustível num blindado", lamentou-se Yatseniuk, numa alusão às necessidades do exército ucraniano, envolvido numa campanha militar contra os separatistas pró-russos no leste do país.

O Presidente da República, Petro Poroshenko, afirmou em comunicado que "isto demonstra que uma parte dos deputados não se aferra aos seus lugares no Parlamento e são conscientes do sentimento dos eleitores".

O presidente do Parlamento, Oleksandr Turchinov, anunciou que cabe aos dois partidos que abandonaram a coligação proporem um nome para preencher a vaga de primeiro-ministro.

Segundo a nova Constituição ucraniana, se não for proposto um novo nome num prazo de 30 dias, o Presidente deverá marcar eleições nos dois meses seguintes, o que poderá atirar a formação de um novo governo para Novembro.

Esquerda.net

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