Chuva de gols, jogador mais velho, quantidade de prorrogações: a Copa no Brasil está cheia de emoções e recordes. O mais recente? Pela primeira vez todos os vencedores dos grupos seguem vivos depois das oitavas de final.




Bryan Ruiz (esq.), meia da Costa Rica, marcou contra a Grécia o 19º gol de um capitão de seleção nesta Copa


Ao menos dentro dos gramados, a Copa do Mundo no Brasil está correspondendo ao título de "Copa das Copas". Desde os dados estatísticos mais curiosos, como por exemplo o número de gols marcados por capitães até a surpreendente média de gols, o Mundial em solo brasileiro está quebrando um recorde atrás do outro.

O mais importante – e também mais recente – é o fato de que, pela primeira vez na história, todas as seleções que terminaram na primeira colocação em seus respectivos grupos seguiram adiante depois dos confrontos das oitavas de final. São os casos de Brasil, Holanda, Colômbia, Costa Rica, França, Argentina, Alemanha e Bélgica, que lideraram os seus grupos e são as únicas seleções ainda invictas no torneio. Além disso, todas as equipes ainda no páreo não registraram derrotas no decorrer do campeonato, o que é outro fato inédito.


Das lágrimas ao agradecimento: Faryd Mondragón se tornou o jogador mais velho a atuar em Copas

Mas, para isso, os classificados precisaram suar bastante. Nada menos do que cinco prorrogações foram necessárias nas oitavas de final, o que igualou o recorde da Copa de 1938. Vale lembrar que o modo de disputa atual existe apenas desde o Mundial do México, em 1986. Na Copa de 1938, por exemplo, a competição já começou no mata-mata das oitavas de final.

Até agora, foram disputadas 56 partidas e a rede balançou 154 vezes. A incrível média de 2,75 gols por partida é a mais alta desde a Copa do Mundo de 1982 e no decorrer da primeira fase quase atingiu a média de 2,96 da Copa de 1970. Em números totais, a Copa no Brasil fica atrás somente dos Mundiais de 1998 (171 gols) e 2002 (161 gols), mas ainda há oito partidas a serem disputadas.

Copa do Mundo realizada fora da Europa sempre foi um problema para as seleções daquele continente. A prova é que o único europeu campeão fora da Europa foi a Espanha, em 2010. A vantagem de jogar o torneio "em casa" ficou evidente na atual edição. Das dez seleções do continente americano, oito superaram a fase de grupos. Honduras e Equador foram os únicos que ficaram pelo caminho. Mesmo assim, o fato não impediu que a marca fosse atingida.

Mas o "recorde dos recordes" desta Copa pertence a Miroslav Klose. O atacante alemão entrou durante o segundo tempo de Alemanha e Gana, e empatou a partida aos 25 minutos. Foi o 15º gol em Copas do alemão, que igualou assim a marca do ex-atacante brasileiro Ronaldo.



Com a sola da chuteira, Miroslav Klose marcou seu 15º gol em Copas e igualou o recorde histórico de Ronaldo

Confira aqui outros recordes já batidos no Brasil:

- Maior número de gols marcados por jogadores que entraram no decorrer da partida (28) – Julian Green, dos EUA, foi o último a anotar o seu.

- Faryd Mondragón, com 43 anos e três dias de idade, entrou na partida Colômbia contra Japão, e se tornou o jogador mais velho a atuar num Mundial, batendo a marca anterior do camaronês Roger Milla (42 anos e 39 dias).

- Com o empate contra Chile, Luiz Felipe Scolari é o treinador com mais jogos sem derrotas em Copas (16 jogos).

- Tim Howard, goleiro dos Estados Unidos, completou incríveis 14 defesas contra a Bélgica.

- A partida do Brasil e Chile quebrou o recorde de 16,4 milhões de tweets, batendo a marca do Super Bowl.

- A partida Alemanha e Gana foi a de número 800 em Copas.

- A Holanda já virou três partidas neste torneio (5x1 Espanha, 3x2 Austrália e 2x1 México). Nunca uma seleção alcançou tantas viradas no mesmo Mundial. Além disso, a atual edição já computa nove viradas – o que também configura um recorde.

- Pela primeira vez, duas seleções africanas avançam às oitavas de final no mesmo torneio: Nigéria e Argélia.

- Com o gol do costa-riquenho Bryan Ruiz no jogo contra Grécia, chegou a 19 o número de gols anotados por capitães de seleções – outro recorde.

- Se a Copa teve muitos gols, muito se deve ao fato que incríveis 18 deles foram marcados depois do tempo regulamentar de 90 minutos de jogo. O número é o dobro da marca anterior (9), verificado nos Mundiais de 1998 e 2006.


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