Um cockpit rendilhado por balas

O piloto alemão de longo curso Peter Haisenko afirma, com base numa observação detalhada de fotos disponíveis dos destroços do avião da Malaysian Airlines acidentado na Ucrânia, que o aparelho foi abatido pelos caças SU 25 que várias fontes detectaram nas imediações do aparelho antes de este ter desaparecido dos radares.
As fotos examinadas pelo piloto revelam perfurações no cockpit provocadas por balas de calibre de 30 milímetros, que são utilizadas pelos caças SU 25 como os que foram identificados nas imediações do voo MH17.
“Os factos falam alto e claro, bem para lá de qualquer tentativa de especulação”, escreve Peter Haisenko, num artigo divulgado pelo site Global Research. “O cockpit exibe sinais de bombardeamento. Podem ver-se os orifícios de entrada e saída das balas. Os rebordos de uma série de orifícios estão dobrados para dentro. Estes são os orifícios pequenos, redondos e limpos, mostrando o pontos de entrada dos mais que prováveis projécteis de calibre de 30 milímetros”, acrescenta o piloto alemão.
“Além disso”, sublinha ainda o comandante Peter Haisenko, “é visível que os orifícios de saída na camada exterior da estrutura de alumínio duplamente reforçada são triturados e dobrados, naturalmente para fora!”

Nos destroços do cockpit, o piloto alemão encontra também sinais de que os disparos das metralhadoras foram completados com o recurso a bombas incendiárias anti-tanque disparadas por canhões GSh-302 , que também equipam o arsenal disponível nos SU 25, “e que foram idealizadas para destruir os tanques mais modernos”.
Segundo a tese do piloto alemão, o avião não foi abatido por um míssil Buk, porque o resto dos destroços do avião desmente essa possibilidade. O derrube do aparelho resultou do bombardeamento do cockpit, que provocou uma pressurização limite no interior da cabine. O aparelho “inchou como um balão” e explodiu internamente, razão pela qual os destroços da fuselagem do avião não revelam sinais de ter sido atingido do exterior.
Peter Haisenko recorda que a presença de caças nas imediações do avião malaio foi detectada pelos radares russos e revelada logo na hora da tragédia através das comunicações Twitter do controlador espanhol “Carlos” da torre de controlo de Kiev. Todos os testemunhos sobre o assunto são concordantes na informação de que o avião comercial desapareceu dos radares alguns segundos depois de os caças ucranianos se terem afastado.
Nos Estados Unidos, afirma Peter Haisenko, diz-se que a queda do avião se deve a um “potencial erro trágico/acidente”. A propósito, o piloto alemão interroga-se se o “erro trágico” não terá sido a confusão feita pela aviação ucraniana entre o avião malaio e o do presidente russo, que voaria nas imediações (regresso de Putin da América Latina), tendo ambos os aparelhos cores muito semelhantes. Esta possibilidade, normalmente não abordada, foi evocada no dia do acidente pela agência russa ITAR, mas sem seguimento.
O piloto alemão levanta também a possibilidade, revelada há horas por JSF, de a queda de Arseny Iatseniuk, primeiro ministro da Ucrânia, estar associada ao “erro trágico” e à tentativa para assassinar o presidente da Rússia.
Estas considerações “são especulações”, admite Peter Haisenko. Mas há circunstâncias factuais que não deixam dúvidas: “o bombardeamento do cockpit do Air Malaysia MH017 não é, com toda a certeza, uma especulação”; e as fotografias do Google em que o piloto alemão baseou a sua análise desapareceram entretanto da internet.

José Goulão, Urszula Borecki, Kiev, www.globalresearch.ca

Jornalistas Sem Fronteiras

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