O cientista político Alberto Carlos Almeida demonstra com dados estatísticos do Manchetômetro que a mídia negativa sofrida por Lula não desencadeou maiores consequências no eleitorado. Pelo contrário, a mídia negativa pode ter tido impacto positivo na popularidade do ex-presidente, ao contrário de anos anteriores. Para Almeida, o crescimento do PT e de Lula se deu também devido à saída do Planalto, momento exato onde a curva de aprovação e aderência ao partido toma seu sentido ascendente.

Leia trechos do artigo de Alberto Carlos Almeida para o site Poder 360:

Um dos temas mais debatidos no Brasil tem sido o efeito da mídia na política. Refiro-me não às mídias sociais, mas sim à mídia impressa e televisiva dominante. Uma das informações mais chocantes dos últimos 3 anos, diz respeito à incapacidade da cobertura de mídia negativa acerca de Lula e do PT piorarem a rejeição do líder maior do partido. Os dados abaixo mostram na escala vertical direita a rejeição a Lula (linha vermelha) e Alckmin (linha azul escura): são aqueles que não votariam neles de jeito nenhum. Na escala vertical da esquerda há o total de matérias negativas mensuradas pelo Manchetômetro na Folha de S. Paulo, Estadão, jornal O Globo e Jornal Nacional.

A linha laranja mostra as matérias negativas sobre Lula e o PT e a azul clara sobre Alckmin e o PSDB. As informações sobre as notícias estão sistematizadas por trimestre, ao passo que as pesquisas têm os meses especificados no eixo horizontal. Nota-se que o ponto mais alto do noticiário negativo foi no período do impeachment, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2016. Havia uma onda crescente contra o PT e o governo Dilma. Foi ali que a rejeição de Lula atingiu seu máximo, quando 57% do eleitorado afirmou que não votaria nele de jeito nenhum. Naquele momento somente 19% disseram que não votariam em Alckmin, tratava-se de um patamar bastante abaixo do 1/3 do eleitorado que tradicionalmente vota no candidato a presidente do PT.



Contexto Livre

Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads