Em entrevista à Folha de S.Paulo, músico volta a detonar o candidato militar: “Vai tornar tudo mais difícil para as classes trabalhadoras. Grito isso para quem quiser ouvir. É o que vai acontecer se esse cara for eleito”




Foto: Divulgação

O músico inglês Roger Waters voltou a detonar o candidato militar à presidência Jair Bolsonaro. Depois de colocar no telão de um de seus shows no Brasil o nome de Bolsonaro em uma lista de fascistas, ele definiu como enxerga o candidato a presidente. Em entrevista a Thales de Menezes, da Folha de S.Paulo, o ex-Pink Floyd disse que tem conversado com as pessoas que estão perto dele.


“O chefe da minha equipe de segurança no Brasil conversa comigo e ele acredita que Bolsonaro é uma coisa nova na política e é incorruptível. Pergunto se ele está debochando de mim. Bolsonaro está na política brasileira há 30 anos e é totalmente corrupto! E é louco. Vingativo e insano”.

E prossegue: “Está claro que não vai fazer nada para romper com o sistema vigente. Ele vai acelerar ao máximo essa onda que está destruindo o mundo. Vai facilitar as coisas para quem está roubando dinheiro das pessoas pobres. Vai militarizar a polícia. Vai tornar tudo mais difícil para as classes trabalhadoras. Grito isso para quem quiser ouvir. É o que vai acontecer se esse cara for eleito”.


Waters analisou o atual panorama político: “Há uma separação severa no mundo entre ricos e pobres, não só no Brasil, mas aqui é muito forte. Quando você anda por São Paulo, você vê casas bonitas e ricas cercadas por grades de metal, com guardas vigiando-as e centenas de câmeras. Dali a cem metros, você vê pessoas morando sobre papelão molhado, na sarjeta”, diz.

“Esses caras foram prejudicados, claro, mas não por Lula ou por Dilma, ou quem quer que seja. Eles foram prejudicados pelo neoliberalismo, pelo mercado livre mundial, que não regula as oportunidades para os indivíduos. É contra isso que eu levanto minha voz”, ressalta o músico e ativista.


Renúncia


Waters também deu sua opinião sobre o atual ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que disse esta semana que está “de saco cheio” de manifestações políticas em shows: “Esse cara está no emprego errado, tem de achar um novo trabalho. Não sei o ele que faz, mas não deveria estar numa posição de poder sobre questões culturais se dá uma declaração dessas. Porque cultura inclui música, e ela pode expressar muito da condição humana. Acho que ele deveria renunciar”.





Revista Fórum

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