RIO DE JANEIRO (Reuters) - O economista Paulo Guedes, que comandará o Ministério da Fazenda na gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro, disse neste domingo que o foco do programa do governo será “controlar os gastos”, o que inclui a realização de reforma da Previdência, acelerar privatizações e reduzir o tamanho da máquina pública, e destacou que o Mercosul não é prioridade.
“Primeiro grande item é a Previdência. Precisamos de uma reforma da Previdência. O segundo grande item do controle de gastos públicos, a despesa de juros. Vamos acelerar as privatizações, porque não é razoável o Brasil gastar 100 milhões de dólares por ano em juros da dívida. O Brasil reconstrói uma Europa todo ano, o Plano Marshal, que tirou a Europa da miséria do pós-guerra, o Brasil reconstrói uma Europa por ano sem conseguir sair da miséria, então a política é errada”, disse.
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A terceira é uma reforma do Estado, são os gastos com a máquina pública. Nós vamos ter que reduzir privilégios e desperdícios. Então esse é o foco do programa econômico”, disse Guedes.
Na primeira entrevista que deu após a eleição de Bolsonaro, o economista afirmou que vai haver uma “abertura gradual” da economia e um “ataque ao déficit fiscal”. Perguntado se é possível zerar o déficit em um ano, ele respondeu: “nós vamos tentar, nós vamos tentar. É factível, claro que é factível”.
O futuro ministro afirmou que o governo vai tomar medidas de reaquecimento econômico. “Nós vamos simplificar e reduzir impostos, nós vamos eliminar encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamentos para gerar em dois, três anos 10 milhões de empregos novos”, disse.
“Nós vamos regulamentar corretamente, fazer os marcos regulatórios na área de infraestrutura, porque o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura. O custo-Brasil é alto por falta de segurança jurídica, de marco regulatório adequado”, completou.


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