"Enquanto prevalecer o clima de animosidade entre Ciro e PT (e vice-versa) nenhuma frente democrática vai funcionar. Ficarem de mal só ajuda o outro lado", escreve o colunista Alex Solnik; "Ciro e Haddad perderam porque não conseguiram substituir Lula, que tinha, quando sua candidatura foi cassada, a 31 de agosto, os mesmos 39% que elegeram o adversário a 28 de outubro", afirma; "Agora Inês é morta. Remoer o passado não é a melhor forma de construir o futuro"
Não é de uma hora para outra que o candidato do PDT vai passar uma borracha no que considerou um atentado à sua candidatura: o acordo de neutralidade que Lula conseguiu do PSB. E outras – no seu entender – afrontas mais.
Não é num passe de mágica que Ciro será perdoado por ter se ausentado do país na hora decisiva, depois de repetir várias vezes, no primeiro turno, que "estaremos juntos no segundo".
Desfazer intrigas como a de que seu irmão Cid cometeu aquele sincericídio em conluio com ele, de caso pensado, porque naquele momento interessava destruir Haddad faz parte do caminho em direção à reconciliação, cada vez mais necessária.
Lula teve suas razões para naquele momento tentar derreter Ciro – ele precisava dar gás a Haddad. Ciro teve suas razões para faltar no apoio a Haddad – embora tenha errado no alvo.
Vai levar tempo e muita discussão até as duas partes perceberem que, no entanto, nem uma coisa nem outra influiu no resultado das urnas.
É pouco provável que Ciro fosse ao segundo turno se tivesse apoio do PSB. O que lhe faltou foi um grande partido; mais um partido médio na chapa não teria resolvido seu problema. É pouco provável que Haddad chegasse à vitória caso Ciro não se omitisse.
Ciro e Haddad perderam porque não conseguiram substituir Lula, que tinha, quando sua candidatura foi cassada, a 31 de agosto, os mesmos 39% que elegeram o adversário a 28 de outubro.
A verdade é essa: os brasileiros queriam Lula e nem Ciro nem Haddad conseguiram ser Lula.
Agora Inês é morta. Remoer o passado não é a melhor forma de construir o futuro.
Brasil 247

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