Senador eleito passou a manhã e o início da tarde deste sábado no Palácio da Alvorada Reprodução


O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) visitou seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio da Alvorada neste sábado (19). Flávio passou toda a manhã e o início da tarde na residência oficial da Presidência da República após a revelação de que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra 48 depósitos em dinheiro em sua conta entre junho e julho de 2017.

Flávio saiu dirigindo um Jeep e não falou com a imprensa. Nos últimos dias, o senador eleito também tem evitado fazer postagens nas redes sociais. O relatório do Coaf revelado pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, ontem (sexta, 18), é mais um ponto de desgaste para o governo e a família Bolsonaro.

Desde o início de dezembro do ano passado, após o Coaf identificar movimentação atípica de mais de R$ 1 milhão nas contas bancárias de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o filho mais velho do presidente, o ex-assessor e sua família ainda não ofereceram explicações ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

No fim da semana passada, Flávio não compareceu ao MP para prestar esclarecimentos, alegando que não era investigado e não tinha acesso aos autos. Queiroz e família também faltaram aos depoimentos marcados pelo MP.

Na última quinta-feira (17), o vice-presidente Supremo Tribunal Federal (STF) e encarregado do plantão judiciário, ministro Luiz Fux, aceitou pedido de Flávio para suspender a investigaçãosobre Queiroz.

Em entrevista exibida ontem pela Record, o senador eleito disse que não está “se escondendo” atrás do foro privilegiado ao pedir a suspensão da investigação ao STF. “Eu sou contra o foro, mas não é uma escolha minha. O foro é por prerrogativa de função. Então, querendo ou não querendo, eu tenho que entrar com o remédio legal no órgão competente. O STF é o único órgão que pode falar qual é o foro”, disse.

Defesa e ataques ao MP-RJ


O vice-presidente da República, Antônio Mourão (PRTB), e o líder da bancada do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), saíram em defesa de Flávio Bolsonaro neste sábado. Ao jornal O Globo, Mourão disse que não há “foco” e que existe “sensacionalismo” e “direcionamento” na investigação do MP sobre o caso Queiroz.

“São várias pessoas investigadas nessa operação, na Furna da Onça. As quantias que estavam ligadas ao Flávio eram as menores. As maiores, se não me engano, eram ligadas a um deputado do Partido dos Trabalhadores. E ninguém está falando nisso. Eu acho que está havendo algum sensacionalismo e direcionamento nesse troço. Por causa do sobrenome. Não pela imprensa, que revela o que chega às mãos dela. O Ministério Público tem de ter mais foco nessa investigação”, disse Mourão.

Já o deputado Delegado Waldir afirmou que o MP do Rio tem “atitude covarde” e está fazendo “terrorismo”.

“O Flávio não é investigado ainda. O Ministério Público está fazendo terrorismo. Me estranha o Ministério Público trazer provas a conta-gotas. Essa atitude do Ministério Público é covarde. O MP tem que mostrar tudo, mas não pode ficar brincando com a honra das pessoas, não pode desrespeitar os direitos constitucionais das pessoas. Se existe alguma coisa contra o Flávio, que se mostrem os fatos, não pode ficar com essa palhaçada de ações a conta-gotas. O MP chama a imprensa a todo momento e tenta criar um fato”, afirmou o deputado.


Congresso em Foco

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