Foto: Agência Brasil
Na visão do jornalista, como magistrado, Moro conseguia se preservar e tinha certo controle de sua agenda com a imprensa. Era "ajudado" pelos procuradores de Curitiba no relacionado com jornalistas - que lhe pouparam críticas e celebraram ações, do começo ao fim da operação na Petrobras.
Já como ministro, a exposição é muito maior e as pisadas de bola de Moro são evidentes. Vide o caso Cesare Battisti, que fez o Brasil passar vergonha ao achar que poderia receber o italiano em solo brasileiro antes que fosse levado para cumprir pena em sua terra natal. A Bolívia deu um chega para lá no avião da nossa Polícia Federal.
Até Fabrício Queiroz, o amigo da família Bolsonaro suspeito de lavar dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro, virou pedra no sapato de Moro. O ministro fugiu da imprensa para não responder perguntas sobre o caso revelado pelo Coaf - órgão agora ligado ao Ministério da Justiça. Até em supermercado Moro foi cobrado.
Na Lava Jato, também lembrou Gaspari, Moro mandava prender e o cidadão estava preso. Como ministro, Moro é desautorizado até por Damares Alves, numa disputa pela exoneração ou não de uma funcionária da Funai.
Aos poucos, o ex-juiz de Curitiba vai se dando conta de que entrar no fantasioso mundo do poder em Brasília não é mais agradável do que viver numa capital do Sul do País em que todos os atos da Lava Jato são louvados.
"Quando Moro aceitou o convite de Bolsonaro para o ministério, disse que estava 'cansado de tomar bola nas costas'. Essas boladas podiam vir do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, onde os jogadores são só 44. Pois agora levará caneladas e elas virão de todos os lados", escreveu Gaspari.
Leia a coluna completa aqui.
GGN

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