Bolsonaro disse que movimentação atípica na conta da esposa foi para quitar empréstimoMarcelo Camargo/Agência Brasil
Primeira-dama passa a ser alvo do Fisco por conta de um cheque de R$ 24 mil que recebeu de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro
A primeira-dama Michelle Bolsonaro passou a ser alvo da Receita Federal. A quebra de sigilo bancário vai ocorrer por conta das movimentações atípicas do assessor parlamentar e ex-policial militar Fabrício Queiroz, que trabalhava para o enteado de Michelle, o senador eleito e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL).
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), unidade de inteligência vinculada ao Ministério de Justiça que fiscaliza movimentações financeiras suspeitas, apontou que Queiroz depositou um cheque no valor de R$ 24 mil na conta da primeira-dama. Ela passa a ser alvo da investigação do Fisco por conta de um procedimento aberto na quarta-feira (23), segundo informações do jornal Valor Econômico.
O presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro afirmou que a movimentação foi feita para quitar uma dívida de um empréstimo feito a Queiroz. No entanto, o assessor, homem de confiança da família Bolsonaro, fez outros saques, depósitos e pagamentos que movimentaram R$1,2 milhão no período de um ano, entre 2016 e 2017. E também de R$ 5,8 milhões, entre 2014 e 2015.
Seguindo a mesma lógica, o presidente também poderá ter que dar explicações à Receita Federal sobre o caso se o depósito não contar em sua declaração de imposto de renda.
Há suspeita de que 74 servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) eram funcionários-laranja, que repassavam seus salários ao titular do mandato através de Queiroz. Já Queiroz afirma que os depósitos dos outros assessores, que ocorriam em datas próximas ao pagamento de salários, é fruto da venda de carros usados.
No dia 17 de janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou a suspensão da investigação promovida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) relativa às movimentações financeiras de Queiroz e de outros assessores da Alerj. A decisão atende a pedido de Flávio Bolsonaro.
A suspensão fica em vigor até fevereiro, quando se encerra o recesso do Tribunal. A ação ficará a cargo do relator designado, o ministro Marco Aurélio Mello. No passado, Mello tem rejeitado pedidos similares.
Por Brasil de Fato
Partido dos Trabalhadores

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;