No dia 25 de janeiro de 1917 nascia, em Campo Grande (MS), Jânio da Silva Quadros, ex-presidente do Brasil e figura controversa, que teve uma carreira marcada por uma ascensão política meteórica. Após concluir a faculdade de Direito em São Paulo, em 1939, montou um escritório de advocacia no centro da capital paulista. Filou-se ao PDC, foi candidato a vereador em 1947, mas não conseguiu a votação necessária. Contudo, foi beneficiado pela suspensão do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a consequente cassação de seus parlamentares, sendo empossado vereador em 1948. Dois anos depois, tornou-se deputado estadual. Em 1953 foi eleito prefeito de São Paulo e, no ano seguinte, tornou-se governador do estado. Em 1960, decidiu concorrer à presidência do país pela União Democrática Nacional. Adotou uma postura populista durante sua campanha: era comum vê-lo comendo mortadela e também usava uma vassourinha como símbolo de limpeza contra a corrupção. Foi eleito com 48% dos votos, tomando posse em janeiro de 1961.
Nesta data e por este instrumento, deixando com o ministro da Justiça as razões do meu ato, renuncio ao mandato de presidente da república.
Bebo-o porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia.
Jânio Quadros
Durante seu governo provocou polêmica quando, por exemplo, conclamou o líder revolucionário cubano Ernesto Che Guevara para receber uma homenagem do governo brasileiro. Nesse mesmo período, o vice-presidente João Goulart foi enviado à China comunista para reforçar laços de cooperação política e econômica. Essas atitudes geraram controvérsia e desconfiança de parte da sociedade brasileira, já que Jânio Quadros se declarava anticomunista. Em meio à polêmica e após apenas sete meses no governo, ele decidiu renunciar ao cargo de presidente, por conta de forças terríveis. Seu vice, João Goulart, temido por diversos conservadores, assumiu o posto. Voltou à vida política no fim da década de 70 e foi derrotado na disputa pelo governo paulista. Nas eleições de 1985, contudo, elegeu-se prefeito de São Paulo, derrotando Fernando Henrique Cardoso. Após esse mandato, Jânio anunciou a sua aposentadoria e se retirou da vida pública. Ele morreu no dia 16 de fevereiro de 1992 morria, em São Paulo, após sofrer três derrames cerebrais que comprometeram sua condição física.
Imagem: Governo do Brasil (Galeria de Presidentes) [Domínio público], via Wikimedia Commons
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