O jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog no site da RedeTV!, define como “vergonhoso” o conjunto de decisões que impediu o ex-presidente Lula de comparecer ao velório do irmão, Vavá, nesta quarta-feira 30. Ele também avalia que “Lula fez bem em recusar a, vá lá, oferta feita por Toffoli. O exercício de um direito não pode ser vivido como uma humilhação”.
“O conjunto da obra, abrigado pela juíza Lebbos e depois pelo desembargador responsável pelo plantão do TRF-4, Leandro Paulsen, chega a ser vergonhoso. Até porque quem tem todos esses motivos, vamos convir, não tem nenhum. Ou só tem um, que não está explicitado. Se a questão da possibilidade de atentado, por exemplo, estivesse sustentada em elementos fáticos, bastaria ela. O resto da argumentação seria dispensável. E evitaria que Polícia Federal, Polícia Militar de São Paulo e Justiça Federal, como instituições, fossem submetidas ao ridículo por intérpretes que, avalio eu, estão fazendo política em vez de aplicar Justiça”, diz ele.
“Também não gostei da decisão do ministro Dias Toffoli do STF, até pelo que tem de “uma no cravo, outra na ferradura”. Autorizou o encontro de Lula com a família num quartel, para onde o corpo poderia ser levado se houvesse tempo hábil. Pode não ter sido a intenção, mas isso submeteria o ex-presidente a uma humilhação, afinal, ao fazê-lo, o ministro acata a argumentação cediça das instâncias e autoridades anteriores”, escreve ainda.
Ele diz que a decisão da Polícia Federal alegando impossibilidade de atender ao pedido de deslocar Lula “mistura cinismo com política. Nem uma coisa nem outra são facultadas à autoridade policial quando arbitra sobre direito alheio”. “Ao afirmar que os helicópteros que não estão em manutenção foram deslocados para Brumadinho, busca, claramente opor o interesse coletivo maior, que tem todas as tinturas e contornos de uma das maiores tragédias do país, àquele que seria o interesse individual de Lula. A avaliação vale por um ‘temos coisa mais importante a fazer e temos do que cuidar; Lula que se dane'”.
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