Na prática, aproximação com a Otan é essencialmente para compra de equipamentos militares  FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR

por Redação RBA 

São Paulo – Diante da possibilidade de o Brasil se tornar um aliado prioritário extra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), conforme acenou nesta terça-feira (19) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o professor Manoel Domingos, doutor em História pela Universidade de Paris, avalia, em entrevista à Rádio Brasil Atual, que há "riscos inimagináveis" no alinhamento do país à ordem estadunidense. Isso porque, de acordo com o professor, a aproximação com o pacto militar implica na perda de posição estratégica. "O Brasil não é qualquer um, além de sua capacidade econômica, ele tem um papel chave na América Latina", destaca Domingos aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria.

A afirmação de Trump feita sob consenso do presidente Jair Bolsonaro em visita oficial à Casa Branca, em Washington, ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, segundo especialistas. Além disso, o professor chama atenção para o que acredita ser uma estratégia "desesperada" dos Estados Unidos de ampliar alianças e que, na prática, o alinhamento com a Otan se dará essencialmente para a compra de equipamentos militares norte-americanos.

"É trágico. Quando você compra uma arma e equipamentos nesse sentido, você não está comprando só uma peça, você está comprando cumplicidade e dependência", ressalta Domingos.

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Rede Brasil Atual

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