A pornografia pode ser compreendida como a descrição de coisas consideradas obscenas, geralmente de caráter sexual. Ou, ainda, como a ação que fere o pudor e a moral… Diferentemente do erotismo que não trata a sexualidade de maneira explicita, mas sugere-a, a pornografia tem na explicitação dos atos seu clímax! E é essa obscenidade que tomou conta do estado brasileiro. Poucas vezes um governo foi tão pornográfico como este que vivenciamos.
Com isso, não quero referir-me, apenas, ao vídeo de “golden shower”, postado no twitter pelo Presidente Jair Bolsonaro para supostamente “explicar” o carnaval – embora, talvez, isto fosse suficiente. A vulgaridade que menciono não está vinculada a corpos nus em busca de prazeres garantidos pelo livre arbítrio. Mas sim, a postura indecente e profana de agentes públicos sem o menor respeito pelas instituições.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, por exemplo, em uma posição pra Kama Sutra alguma botar defeito, abandonou a magistratura, após condenar, sem provas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, curiosamente, o principal adversário político, do então, candidato Bolsonaro.
Mas, a obscenidade não parou por aqui! Ao contrário, amparado por um discurso moralista e de fundamentalismo religioso, o governo escancarou nossas pernas em um acordo espúrio para beneficiar os EUA. A partir de agora, os estadunidenses, assim como os cidadãos da Austrália, Japão e Canadá, terão visto livre para entrarem nessas terras violadas; nosso trigo foi entregue sem nenhuma contraprestação e a Base de Alcântara foi concedida aos americanos por um aluguel de US$ 10 milhões de dólares por ano, ou seja, praticamente, de graça. É importante mencionar que esta base é a única que pode fazer lançamento de foguetes na América do Sul e por estar próxima a linha do equador precisa de menos combustível para o lançamento de satélites, dentre outras coisas…
Como é possível perceber o discurso nacionalista do governo, com direito a frases de efeito, “Brasil acima de todos”, não passa de uma falácia. A pornochanchada, gênero do cinema brasileiro, que explorava as comédias sexuais, perdeu, definitivamente, espaço para o “Sexy Hot”. Agora, sob a tutela do Capitão Pornô, seguiremos a deriva prestes a naufragar e expostos a obscenidades sem limites.
GGN

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