A guerra do estranhíssimo “guru” dos Bolsonaro, o astrólogo e devedor do Fisco Olavo de Cavalho, lançou estilhaços fumegantes em áreas mais do que delicadas para o Governo Bolsonaro: o até agora intocável ministro da Fazenda, Paulo Guedes.

Esta madrugada, Olavo, no Facebook, postou o gráfico do que seria a suposta relação entre o valor das ações das empresas que controlam universidades privadas e o início do processo de demissão dos “olavetes” do Ministério da Educação, os quais ele mesmo exortou a deixarem os cargos.

Ele reproduz texto de Silvio Grimaldo, até agora assessor especial do Ministro Ricardo Vélez, onde se diz que ” uma importante lobista foi ao MEC pedir peloamordedeus para pegarmos leve, pois “o mercado estava derretendo” com o anúncio da tal “Lava Jato da Educação” Segundo ele, “o Vélez a mandou pastar”. E que depois da “derrota” de Olavo, as ações Kroton, uma das gigantes da educação superior privada teriam se recuperado da desvalorização.

Olavo ratifica o argumento e escreve que “a Estácio também, depois de dias em queda, se deu bem com fim dos olavetes do MEC. Só hoje recuperou 8% do seu valor na bolsa depois de derreter com o anúncio da Lava Jato da Educação”.

A acusação a “uma lobista” tem endereço certo: Elisabeth Guedes, irmã do ministro da Fazenda e vice-presidente da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup). A Anup estaria interessada em passar o ensino superior para o Ministério da Ciência e Tecnologia e liberar orçamento do MEC para planos privatistas para a a educação básica, especialmente com a criação de “vouchers educacionais”, através dos quais, em lugar a ampliar as escolas públicas, o governo distribuiria “vales” para custear o ensino em escolas privadas.

A idéia, claro, tem o aval de Paulo Guedes, desde antes da posse de Bolsonaro, como você pode ler aqui e aqui.

Talvez seja preciso, de fato, uma “Lava Jato da Lava Jato da Educação”. Mas a blindagem em torno de Guedes, um dos “heróis” do bolsonarismo ainda não enlameados deixará?


TIJOLAÇO

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