Guilherme (esq) e Luiz Henrique (dir), autores do massacre na escola em Suzano (SP)
Poucas horas antes de invadir a Escola Estadual Professor Raul Brasil, Guilherme Monteiro divulgou nas redes sociais cerca de 30 fotos em sua conta no Facebook.
Nas imagens, Guilherme veste as mesmas roupas usadas na ação, incluindo uma máscara de caveira. Ele também aparece portando uma arma, mostrando o dedo do meio e fazendo um sinal que remete a suicídio. Na rede social, as postagens ganharam milhares de compartilhamentos e comentários.
Em publicações mais antigas, Guilherme compartilhou um post do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) que havia sido reproduzido pela página ‘Direita Minas’. Eduardo é filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A publicação mostra imagens de presidiários e de um policial morto, seguida da seguinte frase: “Neste dia dos pais, este homem não vai para a sua casa. Estes vão”.

Guilherme compartilhou nas redes sociais post de Eduardo Bolsonaro e da página ‘Direita Minas’
Imagens de Guilherme:


Luiz Henrique de Castro, que completaria 26 anos no próximo sábado, compartilhava imagens de armas de fogo em sua conta no Facebook. Suas publicações ainda visíveis na rede social cultuam o armamento e o militarismo.
A chacina
Luiz Henrique de Castro e Guilherme Monteiro entraram em uma escola estadual de Suzano (SP) na manhã desta quarta-feira (13) e abriram fogo contra funcionários e estudantes. No total, 10 pessoas morreram: oito vítimas e os dois atiradores, que cometeram suicídio.
O crime aconteceu na Escola Estadual Raul Brasil por volta das 9h30, horário em que era servida a merenda escolar. Segundo o Censo Escolar de 2017, a instituição possui 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio.
A escola ocupa um quarteirão inteiro na região central da cidade e é considerada uma instituição de referência. No local também funciona um centro de línguas estrangeiras.
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver .38, uma besta (um artefato semelhante a um arco e flecha) e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Há ainda uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado. Uma testemunha disse que viu um dos atiradores com uma arma de fogo e o outro, com uma faca.
Uma merendeira da escola conseguiu esconder 50 estudantes na cozinha durante o ataque. “Nós estávamos servindo merenda e aí começou os ‘pipoco’ e as crianças entraram em pânico. Abrimos a cozinha em começamos a colocar o maior número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão”, contou, aos prantos, Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos. “Foi muito desesperador, porque foi muito tiro, muito tiro mesmo e era muito pânico”, continuou.
Pragmatismo Político

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