Não foram tantas nem tão imensas quanto as do dia 15, mas foram muitas e, várias delas, grandes as manifestações do bolsonarismo, hoje. Menores e menos espalhadas que as do dia 15, mas isso não não as faz irrelevantes.
Infelizmente para toda a sociedade, o fascismo despertou, espalhou-se e consolidou-se numa força real, poderosa e doentia da vida política brasileira.
Não são os “maluquinhos úteis”.
Este blog tem chamado a atenção para o fato de, embora cresça de maneira muito rápida a rejeição a Bolsonaro e seu governo, o núcleo de seu apoio permanece intocado. De outra maneira, como explicar o índice de aprovação de quase 30% de um dos maiores desastres administrativos e econômicos que este país já assistiu no inicio de um governo?
Não poderia ser de outra forma, depois de quase cinco anos do bombardeiro lavajatista sobre uma classe média atrasada e egoísta, como é típico em sociedades colonizadas, econômica e culturalmente.
Se a direita não fascista e o dito “centro” político quiserem se iludir, que se iludam. A derrota eleitoral que sofreram em outubro (da qual se esquecem, dizendo que ela foi apenas “a do PT”) não é nada perto do que estão e do que vão passar nas mãos deste processo de radicalização autoritária que Bolsonaro representa.
Os acontecimentos de hoje mostraram que serão devorados impiedosamente se deixarem que Bolsonaro permaneça ditando a pauta política e persistirem em tolerar que suas propostas avancem. Estão acuados e seu acovardamento só facilitará a ação da horda extremista.
Escudarem-se em que Sérgio Moro e Paulo Guedes – ou os próprios militares no governo – “não são bem isso” é pretender que não é este o conjunto de forças dos quais, querendo ou não, fazem parte e devem obediência.
O campo popular reagirá com suas manifestações na quinta-feira, dia 30.
O “centro” – seja Rodrigo Maia, o “centrão” ou a mídia -, se permanecer paralisado e concessivo, vai descer goela abaixo da boca monstruosa que estamos vendo aberta.
TIJOLAÇO

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