O presidente da República, Jair Bolsonaro, discursa na 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Santa Fé, Argentina.

A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador do Brasil nos EUA é rejeitada por 64% das pessoas que participaram do levantamento de opinião feito pela Paraná Pesquisa entre os dias 13 e 17 de julho. Quando perguntados se concordavam ou discordavam com o presidente Jair Bolsonaro em nomear seu filho para a embaixada, apenas 28,7% respondeu indicando concordância com a atitude.

Jair Bolsonaro confirmou a intenção de indicar seu filho para a embaixada do Brasil nos EUA na última sexta-feira (12), mas a indicação ainda não foi formalizada em mensagem presidencial ao Congresso. Na terça-feira (16), Bolsonaro voltou a comentar a intenção de indicar o filho Eduardo  como embaixador do Brasil nos Estados Unidos e também conversou por telefone com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Ele se manifestou comigo no telefone dizendo que tinha o desejo de fazer essa indicação, que tinha confiança no Eduardo Bolsonaro e perguntou se no Senado haveria alguma restrição e eu disse pra ele que não cabe ao Senado restringir uma indicação do presidente da República”, relatou Alcolumbre. O presidente do Senado afirmou também que Eduardo, caso realmente seja indicado, será sabatinado normalmente pela Comissão de Relações Exteriores.


A pesquisa ouviu 2118 pessoas por entrevistas telefônicas em 26 Estados e no Distrito Federal, em 160 municípios. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais.

A maior discordância em relação à atitude do presidente de indicar seu filho para a embaixada foi registrada entre as mulheres, 66,2%; e entre as pessoas com ensino superior, 70,1%. Por outro lado, o maior índice de concordância foi entre os homens, 31,8%; e entre as pessoas com escolaridade até o ensino fundamental, 30,1%.

A intenção de indicar Eduardo Bolsonaro para o cargo tem sido amplamente criticada. Em entrevista ao Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (17), o ex-embaixador do Brasil nos EUA e ex-ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira afirmou que espera que a indicação seja revista. Ele comentou que “uma característica da embaixada é ser liderada por alguém que se distinga - no Brasil e no exterior - como uma figura importante da cultura, da economia ou da política brasileira”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também avaliou como “imprópria” a intenção de Bolsonaro e o Olavo de Carvalho, considerado mentor intelectual da família e do governo Bolsonaro, foi outro que pediu que Eduardo recuse a indicação.

Congresso em Foco

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