Julgado por não contabilizar recursos, foi condenado por tê-los contabilizado


Você já imaginou ser acusado de assassinato e ao final na sentença o juiz o absolver da acusação de assassinato e o condenar por não ter matado o morto?...

Mais ou menos isso aconteceu com o ex-candidato do PT à Presidência e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Haddad foi julgado pela acusação que lhe fez o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa de que a empreiteira havia destinado recursos não contabilizados pela campanha de Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012.

O juiz o inocentou da acusação e o condenou pelo oposto: por ter declarado serviços na prestação de contas que não foram prestados.

Parece a história do Lula, que foi processado pela acusação de ter recebido um tríplex da OAS como retribuição por serviços prestados.

Como não conseguiram provar quais serviços Lula teria prestado à OAS nem que o tríplex fosse dele, Lula foi condenado por melhorias feitas no tríplex (elevador, reformas, cozinha), repito, que não conseguiram provar que era dele.

Então, por isso, por não conseguirem provar que Lula era dono de um tríplex no Guarujá, que havia recebido centenas de milhares de reais em reformas, Lula foi condenado por ocultação de patrimônio...

O mesmo ocorre com Haddad agora. Condenado pelo que não foi acusado, ele acusa a condenação de ser política com o objetivo de prejudicá-lo:
Haddad diz, em tom de indignação, que sofre há quatro anos os efeitos da acusação que foi afastada pelo juiz eleitoral. “Agora vou sofrer mais dois. E a repercussão na minha vida? No meu ganha pão? Na vida da minha família? Vou eu agora explicar que fui condenado por algo de que não fui acusado. Como aguenta isso?”. [Folha]
Segundo os advogados de Haddad, a sentença é nula por tratar de suspeitas que não estavam na acusação.


Blog do Mello

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