Não é apenas uma insólita curiosidade a ideia de Deltan Dallagnol, revelada hoje em mais um trecho dos diálogos revelados pelo The Intercept e publicada pela Folha de erguer um monumento à Lava Jato no centro de Curitiba.
Também não é apenas o retrato de um dos surtos mais estrambótico de megalomania de seus integrantes, inclusive de Sérgio Moro, o César da Roma dos Pinhais, que, depois de pedir tempo para pensar, faz objeções apenas ao momento – “é melhor esperar acabar”, talvez numa referência à prisão de Lula, ainda distante naquele momento de 2016 – e à conveniência de que isso fosse feito “por terceiros”, para que pudessem manter o ar de austeridade.
É, antes de tudo, uma prova incontestável de que era a propaganda e o controle da opinião pública que animava a todos eles. O monstrengo – “com dois pilares caídos” (os sistemas político e de justiça) e outro de pé, ” simbolizando as instituições da justiça”, isto é, Moro e os procuradores da Força Tarefa – deveria servir como “ponto de encontro” das manifestações e apoio e cenário para as reportagens de televisão.
O projeto de poder pela via do fanatismo, fica evidente, levou ao transtorno completo os ‘savonarollas’ curitibanos, salvo em que, desta vez, a fogueira das vaidades ardia em seus corações e mentes e os animava em sua aventura.
Mas é curioso pensar no que aconteceria se acolhida a sugestão de Moro de incentivar que a homenagem monumental viesse de terceiros.
Quem sabe o Luciano Hang, tal da Havan, resolvesse substituir as réplicas da Estátua da Liberdade com que ilustra, em suas lojas, a idolatria aos EUA, por uns sergio moros de arame e fibra de vidro?
Ou bastaria um pavão para representá-lo?
TIJOLAÇO

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