Presidente afirmou que desconhecia nova residência de ex-assessor do filho Flávio
Investigação sobre caso Queiroz foi suspensa pelo STF a pedido de defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL)
Questionado por jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente comentou sobre o assunto: “Não existe telefonema para ele, nada, não sei onde ele está. Parece que a Veja descobriu, como se ele tivesse foragido. E pelo que eu sei ele já prestou depoimento por escrito. O que eu fiquei sabendo também exime meu filho de culpa”. E completou:”Eu conheço o Queiroz desde 1984. Ele era um soldado da brigada de paraquedista. Entrou na Polícia Militar, veio trabalhar na minha família. É um cara sem problema, nota dez. Teve esse problema. Quem responde por ele é ele, não sou eu”
“Cadê o Queiroz?”
Na última quinta-feira, 29, a revista Veja descobriu que Queiroz vive no Morumbi, bairro na Zona Sul de São Paulo. A residência fica próxima ao hospital Albert Einsten, onde ele faz tratamento contra um câncer.
Alvo de investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz não é visto publicamente desde 12 de janeiro, após aparecer dançando em um hospital durante recuperação de cirurgia. O sumiço do ex-policial motivou o surgimento do bordão “Cadê o Queiroz” nas redes sociais.
Investigação
Em 2018, o Coaf detectou movimentações atípicas em sua conta no valor total de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O relatório apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, o valor veio de um sistema de coleta de repasse de dinheiro de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro.
Questionado pela Justiça, Queiroz justificou que o dinheiro era proveniente do lucro da venda de carros. Depois alegou ter recolhido salário dos funcionários do gabinete para novas contratações
Bolsonaro diz que Queiroz
O caso, que seria investigado pelo MP carioca, foi suspenso em julho de 2019, depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Tofolli, acolheu o pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. Desde então, estão paralisadas todas as investigações que tenham como base dados sigilosos compartilhados pelo Coaf.
Catraca Livre
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