Jair Bolsonaro anunciou que o filho Eduardo, em treinamento para ser embaixador, será recebido hoje por Donald Trump, levando o chanceler Ernesto Araújo como pajem.

Nunca, na história deste país, o Brasil se viu passando por um papel tão vexatório, reduzido a uma “submonarquia” em que o príncipe do reino exótico vai à corte, pedir que a metrópole espolie mais sua colônia e, quem sabe, como no tempo dos governadores-gerais, ajude a enfrentar a poderosa armada francesa, que ameaça subir o Rio Amazonas.

Infelizmente, não se trata apenas de uma “boca-rica” para o filho, -“que sempre quis morar nos Estados Unidos”, como explica o pai.

Está evidente que é o estabelecimento de uma ligação direta – um “fast-track”, como dizem os norte-americanos – para uma entrada sem precedentes de interesses dos EUA, econômicos e políticos, em nosso país, agora com acesso direto ao núcleo de poder da República.

Não pensem que uma loucura humilhante como esta se faz apenas pela indigência mental do clã milicianesco que ascendeu ao poder.

O mundo do dinheiro, sempre de bocas e mãos estendidas para as migalhas que lhes caem do saque deste país o querem.

Militares anacrônicos e sabujos também o desejam, de olho na oportunidade de serem, com alguns cursos de segunda categoria e sobras de material bélico, expansões do poder militar dos EUA na América e no Atlântico Sul.

À beira de completarem-se dois séculos de nossa independência, deseja-se regredir à condição de rico protetorado, a quem se deve proteger do perigoso inimigo que é seu próprio povo.

Os franceses, aliados dos norte-americanos em sua guerra pela soberania frente aos ingleses nem precisam dar-nos, como deram a eles, um estátua da Liberdade.

Já as temos, às centenas, de arame e fibra de vidro, na Lojas Havan, para recebermos nossa parte em quinquilharias.


TIJOLAÇO

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