Lula não quer progressão de regime
Reprodução / Lula
"Não aceito barganhas". Foi assim que o ex-presidente Lula respondeu o pedido dos procuradores da Lava Jato para que ele progrida de pena. A resposta veio através de uma carta que Lula escreveu nesta segunda-feira (30), reforçando que não aceita a prisão domiciliar porque entende que sua sentença foi proferida com base em provas falsas e, por isso, deve ser anulada. Veja a íntegra da carta de Lula abaixo.
"Tenho plena consciência das decisões que tomei nesse processo e não descansarei enquanto a verdade e a Justiça não voltarem a prevalecer", argumentou Lula na carta, que foi entregue à defesa do ex-presidente. "Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram. São eles e não eu que estão presos às mentiras que contaram ao Brasil e ao mundo", acrescentou Lula, dizendo que o que os procuradores da Lava Jato deviam pedir era "desculpas ao povo brasileiro". "Não troco minha dignidade pela minha liberdade", destacou.
Advogado de Lula, Cristiano Zanin explicou que Lula não aceita a progressão de pena porque "não reconhece a legitimidade do processo e da condenação que foi imposta a ele pelo ex-juiz Sergio Moro". "Diante do caráter ilegitimado do processo e da condenação injusta que foi imposta a ele, ele não aceita nenhuma barganha em relação a condições que eventualmente venham a ser estabelecidas pela Justiça. É um direito dele", afirmou Zanin, garantindo que o Estado não pode impor nenhuma condição, como a prisão domiciliar, a Lula.
Diante disso, reforçou Zanin, o que Lula deseja, ao invés da prisão domiciliar, é o julgamento dos pedidos de habeas corpus apresentados ao Supremo Tribunal Federal, assim como os pedidos de suspeição dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro. "Diante das arbitrariedades cometidas pelas procuradores e por Sergio Moro, cabe agora à Suprema Corte corrigir o que está errado, para que haja Justiça independente e imparcial, como é devido a todo cidadão", escreveu Lula. "Isso, ao nosso ver, é o que deve conduzir a declaração de nulidade do processo e consequentemente o restabelecimento da liberdade plena do ex-presidente", explicou Zanin.
A defesa de Lula, por sua vez, ainda que não foi notificada do pedido de progressão de pena apresentado pela Lava Jato. Só depois disso é que os advogados devem apresentar a manifestação oficial sobre o assunto à Justiça. "No prazo estabelecido, apresentamos uma manifestação seguindo essa orientação dada pelo nosso cliente", informou Zanin, dizendo que Lula foi coerente com todas as suas posições ao tomar essa decisão.
Veja a íntegra da carta de Lula:
Congresso em Foco
Diante disso, reforçou Zanin, o que Lula deseja, ao invés da prisão domiciliar, é o julgamento dos pedidos de habeas corpus apresentados ao Supremo Tribunal Federal, assim como os pedidos de suspeição dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro. "Diante das arbitrariedades cometidas pelas procuradores e por Sergio Moro, cabe agora à Suprema Corte corrigir o que está errado, para que haja Justiça independente e imparcial, como é devido a todo cidadão", escreveu Lula. "Isso, ao nosso ver, é o que deve conduzir a declaração de nulidade do processo e consequentemente o restabelecimento da liberdade plena do ex-presidente", explicou Zanin.
A defesa de Lula, por sua vez, ainda que não foi notificada do pedido de progressão de pena apresentado pela Lava Jato. Só depois disso é que os advogados devem apresentar a manifestação oficial sobre o assunto à Justiça. "No prazo estabelecido, apresentamos uma manifestação seguindo essa orientação dada pelo nosso cliente", informou Zanin, dizendo que Lula foi coerente com todas as suas posições ao tomar essa decisão.
Veja a íntegra da carta de Lula:
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