Para os investigadores, o ministro de Bolsonaro comandou um esquema de desvios de recursos públicos por meio de candidaturas laranjas de mulheres

Por Jornal GGN
-04/10/2019

Ministro do Turismo Marcelo Álvaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


Jornal GGN – A Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e mais 10 pessoas no inquérito que apura o uso de candidaturas-laranjas pelo PSL em Minas Gerais.

Para os investigadores, o ministro de Bolsonaro comandou um esquema de desvios de recursos públicos por meio de candidaturas de mulheres nas últimas eleições. Ele foi indiciado pela prática dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa —com pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente.

A apuração da PF teve início a partir de reportagens da Folha de S.Paulo. Uma delas mostrou que o PSL repassou R$ 279 mil para quatro candidatas que tiveram desempenho insignificante nas eleições passadas. Algumas delas já concederam depoimentos confirmando que foram convidadas para serem candidatas de fachada, devolvendo a maior parte dos recursos que receberam para as campanhas às empresas ligadas a assessores de Álvaro Antônio.

Outra reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, identificou 51 casos de candidatos supostamente laranjas nas eleições de 2018, em 18 partidos. Também a maioria são mulheres, isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.

O indiciamento determinado nesta semana significa que a Polícia Federal concluiu que existem indícios suficientes de crimes praticados pelo ministro do Turismo e assessores. O documento foi enviado ao Ministério Público que irá decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça.

Em junho, a PF deflagrou uma operação onde foram detidos provisoriamente três pessoas ligadas ao partido do presidente Bolsonaro em Minas Gerais e a Marcelo Álvaro Antônio: Mateus Von Rondon, assessor especial do ministro, Roberto Silva Soares, que foi coordenador da campanha de Antônio à Câmara dos Deputados em 2018, e Haissander Souza de Paula, ex-assessor do ministro na Câmara.

Alguns meses antes, em abril, a PF fez buscas em gráficas e na sede do PSL em Minas Gerais.

*Com informações do G1 e da FSP


GGN

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