“É uma carta branca de impunidade para massacrar o povo”, denunciou o presidente Evo Morales ao condenar o decreto 4078 baixado, no dia 17, pelo governo golpista de Jeanine Añez após o massacre de Sacaba, que deixou 10 mortos e 125 feridos a bala.
Denúncias da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com base em dados da Defensoria do Povo, alertam que o número de mortos já chega a 24 e o de feridos a 715 desde o início da repressão aos protestos contra o golpe.
Camponeses rodeiam os caixões dos mortos na repressão em Sacaba – foto AFP
O decreto exime de responsabilidade penal os militares e policiais que “participem das operações para o restabelecimento da ordem interna”.
O representante da Defensoria do Povo para Cochabamba, Nelson Cox, denunciou que diante da manifestação pacífica dos camponeses “houve um ato repressivo e não um confronto”. Segundo ele todos os mortos apresentaram “lesões à bala na cabeça e no tórax”, demonstrando que os repressores atiraram para matar.
Em outro trecho, que deixa ainda mais clara a intenção assassina por trás do decreto, está dito que os aparatos repressivos “poderão fazer uso de todos os meios disponíveis”.
Já há notícias de que dezenas de militares decidiram deixar as Forças Armadas para não reprimirem ao povo, incluindo a negativa em atirar em pais e irmãos que participam das concentrações cívicas contra a usurpação do poder por parte dos fascistas Añez, Mesa e Camacho.
Camponeses concentrados em Sacaba exigem a saída da golpista Añez – La Página
Enquanto isso, por um lado, uma multidão se mantém reunida em Sacaba, exige a saída imediata da autoproclamada presidente e, por outro, se vê a presença de Forças Armadas nas estradas do país e de sobrevoo de helicópteros que atiram desde o alto sobre casas durante a noite.
A chefe do governo do golpe justifica o terror dizendo que se está contrapondo a “grupos subversivos armados” e que não são os crimes dos golpistas, mas o partido de Evo, o MAS, que, através de suas bancadas majoritárias na Câmara e no Senado, condenam a ilegalidade, os que estariam “buscando a convulsão social”.
Este é o momento inaceitável vivido pelos bolivianos que tem levado a atos de multidões solidárias ao povo da Bolívia em São Paulo, Buenos Aires e Montevidéu: sem Estado de direito, com autorização às Forças Armadas e à polícia para matar, com líderes sindicais e sociais perseguidos, jornalistas ameaçados e um governo que distribui mentiras sobre a situação no país e impunidade aos assassinos.
Este vídeo mostra a repressão e a revolta contra o morticínio:
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